Bem Cultural – Agenda de Abril

Confira os eventos culturais de Abril mapeados pelo nosso time benfeitor: Florianópolis – SC Maratona Cultural de Florianópolis Data: 8, 9 3 e 10 de abril Inspirada no evento francês Nuit Blanche e na Virada Cultural de São Paulo, a Maratona Cultural de Florianópolis chega em sua 8ª edição tendo impactado um público superior a 550 mil pessoas em todas as suas realizações. O propósito do evento é promover a convivência em espaços públicos, convidando a população a se apropriar da cidade e de aparelhos culturais por meio das artes, da música, da dança, e das manifestações populares, com artistas de todas as partes de Santa Catarina e do Brasil, em mais de 40 espaços ocupados. A Maratona Cultural promove na cidade de Florianópolis uma comunicação direta entre cultura, arte, entretenimento e o turismo Mais informações: instagram.com/maratonacultural2022 | http://maratonacultural.com/ São Paulo – SP Riobaldo Segmento Cultural: Teatro Data e Hora: sextas, sábados e domingos às 19h – até 10/04 Custo: R$ 40 inteira | R$20 meia Local: Teatro Sérgio Cardoso | Rua Rui Barbosa, 153 -Bela Vista – São Paulo / SP | CEP 01326-010 Faixa etária: acima 16 anos Mais informações: https://www.instagram.com/riobaldoapeca/ https://www.teatrosergiocardoso.org.br/pt-br/agenda-cultural/riobaldo/ Salvador – BA Show A-Fé-to – Gab Ferruz Segmento Cultural: Música Data e Hora: dia 19/04 às 19h Local: Sala do Coro do Teatro Castro Alves, Praça Dois de Julho, s/n – Campo Grande, Salvador – BA, 40080-121 Faixa etária: Livre Valor: R$ 40 inteira e R$ 20 meia Mais informações: https://www.instagram.com/gabferruz/ Belém – PA Cine Líbero Luxardo Para o mês de abril, o Cine Líbero apresenta uma programação que conta com alguns projetos paralelos em parcerias com grupos e instituições, como a Funtelpa (Fundação Paraense de Radiodifusão), o grupo Nerds Paraenses e Cauby Monteiro, Max Andreone e Aerton Martins. Local: Av. Gentil Bitencourt, 650 – Nazaré, Belém – PA, 66035-340 Mais informações: @cineliberoluxardo  Mundo Inteiro Dia Mundial da Criatividade Em sua 5a edição, o maior evento colaborativo de criatividade do mundo será realizado nos dias 20, 21 e 22 de abril em sistema híbrido, com atividades presenciais e online gratuitas, em 130 cidades de 30 países. Confira a programação e a cidades participantes em worldcreativityday.com Mais informações: @worldcreativityday | worldcreativityday.com  Online Street Virtual Oficina de dança online, para cadeirantes e pessoas com deficiência física. A arte pode ser inclusiva, renovadora e, assim como os esportes, alargar os limites de ação de pessoas que possuem deficiência física. Também pode ajudar a contar uma nova história, aguçando a sensibilidade, trazendo entusiasmo e muito mais qualidade de vida e autoestima. Essas são motivações que a Cia de Dança Street Cadeirante tem ao oferecer, a partir de 9 de abril, sua oficina virtual de dança. O objetivo é alcançar, de forma gratuita e acessível, cadeirantes e pessoas com deficiência física de todo o país.  Data: A partir de 9 de abril, aos sábados, às 17h. Duração: 6 meses Custo: Inscrições gratuitas e limitadas a 100 pessoas. Inscrições: https://benfei.to/s0fnZ Online Cia Oceano Artes Integradas A Cia Oceano Artes Integradas reúne 12 anos de criações em sua sede online. São obras de diversos segmentos que passeiam do audiovisual e literatura para o teatro e muito mais. Para conhecer, basta acessar o portal, mas, para um mergulho ainda maior por todo o repertório da Companhia  você pode se tornar um assinante na campanha recorrente fortalecendo a cultura e sendo protagonista na manutenção desse acervo.  https://www.ciaoceano.com/ Sabe de algo que vai rolar no próximo mês e que não pode ficar fora da nossa agenda? Envie para gente em cultura@benfeitoria.com 😉

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Tem vaga nova!

Oi! Temos mais uma vaga aberta o time da Benfeitoria! Dessa vez, para integrar a equipe de desenvolvimento – e com foco nos nossos programas de fomento com parceiros estratégicos, conheça mais aqui. A vaga é via CLT e exclusiva para pessoas negras, como já divulgado aqui. Responsabilidades Realizar manutenção e evolução das ferramentas utilizadas pela equipe de PARCERIAS. Analisar e propor junto ao time de PARCERIAS soluções de software adequadas aos objetivos da área. Juntamente ao núcleo de PRODUTO, entender como projetos de software comuns entre as áreas podem ser estruturados dentro de um cronograma existente. Local Nossa sede fica situada no Centro do Rio de Janeiro, mas aceitamos devs e devas de todos os lugares do Brasil, pois o trabalho será remoto, da segurança da sua casa. Perfil que buscamos Pessoas negras (pretas ou pardas) Cursando ou formado em Sistemas de Informação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia de Software, Ciência da Computação ou curso relacionado à área de TI. Requisitos Obrigatórios Experiência com PHP 7+: Junior 2 anos, Pleno 4 anos, Senior 6 anos Laravel Javascript VueJS HTML5 e CSS3 SASS Git Requisitos Desejáveis Gitflow ECMAScript 6+ Conhecimento sobre design patterns criacionais, estruturais e comportamentais TDD Diferenciais Perfil no Github com código que possa ser avaliado Docker Linux & Terminal Cloud Detalhes Remuneração de acordo com o nível de experiência e formação Contratação CLT Candidatura A pessoa que quiser se candidatar deverá realizar o teste abaixo, enviando um PULL REQUEST para o mesmo repositório. https://github.com/benfeitoria/dev-test/blob/master/test-blog.md Se a pessoa possuir projetos relevantes que possam ser consultados, fica isenta do teste. Um e-mail com o currículo em anexo deve ser enviado para dev@benfeitoria.com. Te aguardamos! 😉

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A verdade é que já passou da hora.

Acabamos de anunciar uma vaga exclusiva para pessoas que se identificam como negras. Não é nossa primeira busca intencional, mas é a primeira de um processo interno estruturado, necessário para atuar em cima de uma questão tão estrutural.  Nossos próximos anúncios de vaga – para todas áreas da Benfeitoria – seguirão o mesmo critério, até que pelo menos 50% da equipe seja formada por pessoas negras. Hoje são apenas 30%.  Nas busca por diversidade e inclusão, para a questão racial (nosso foco inicial), optamos pela meta de proporcionalidade. Fizemos esse post para compartilhar um pouco do que está por trás – e pela frente – desta decisão. Nosso intuito aqui é incentivar outras organizações a refletirem e agirem sobre a ideia de proporcionalidade. E, principalmente, abrir um canal de escuta para críticas e sugestões sobre como podemos evoluir nessa direção. Não somos referência no assunto. Estamos aprendendo e nos inspirando com várias delas (ainda vamos falar mais sobre isso) e acreditamos que, em um mundo organizado em bolhas, cada um deve fazer sua parte para contagiar positivamente a sua – e, quem sabe, desencadear um movimento que estoure várias outras.  De onde falamos: A Benfeitoria foi gestada em 2010 e fundada em 2011 por um casal branco, que largou a carreira de marketing em uma multinacional com o intuito de usar o poder da tecnologia e da comunicação para estimular, no Brasil, uma cultura mais humana, criativa e colaborativa.  Desde então, o time cresceu e hoje somos 23 pessoas. Todas cocriadoras deste sonho, que começou a se manifestar com uma plataforma de financiamento coletivo, mas que já foi (e ainda vai!) muito além disso (papo para outro post).  A verdade é que sempre nos enxergamos como um laboratório criativo e somos movidos pelo desejo e a crença de que podemos fomentar mudanças significativas no mundo. Essa é a verdade sexy.  A nada sexy e muito séria é que sempre fomos também uma família, que chama amigos, que indica conhecidos e, assim, crescemos como time, por muitos anos, majoritariamente composto de gente incrível, mirabolante, apaixonada  – e muito privilegiada. A maioria branca, da zona sul do Rio de Janeiro, formada em boas faculdades, fluente em inglês. E isso, além de limitar nosso olhar e atuação como negócio, é absolutamente incoerente com nossa missão e nossos valores.  No anseio de mudar o mundo lá fora, falhamos em olhar para dentro –  o que impactou e restringiu nossa atuação para fora também.  Onde estamos: Demoramos (muuuuito) a nos dar conta disso. Mas a ficha caiu. Ou melhor, está caindo. Um dos nossos principais aprendizados de jornada é que, por se tratar de questões estruturais, reconhecer privilégios e buscar mudar crenças e padrões que os perpetuam é um processo denso, profundo, incômodo – e, sobretudo, contínuo. Não é uma chave que vira e PLIM!  Hoje, entendemos que precisamos nos colocar – intencionalmente – em processo constante de (des)aprendizagem (e escuta) para poder, de forma prática, somar às lutas por equidade travadas por tantas outras pessoas e organizações, há séculos.  Lutas que vão muito além da questão racial. Mas que, no Brasil, muitas vezes deveriam passar por ela, através de olhares e ações interseccionais, dado que mais da metade da população é negra – e, ainda assim, resiste a graves estatísticas. No final de 2020, provocados e inspirados por várias trocas com os projetos e parceiros, decidimos criar o GT de Diversidade e Inclusão da Benfeitoria para (finalmente) estruturar e formalizar nossos pensamentos e ações intencionais pela busca de um time mais diverso, inclusivo – e, em consequência, também mais potente. O caminho é longo e ainda iremos aprender muuuito no percurso. Mas precisamos começar. O assunto é, muitas vezes também, polêmico. Mas não podemos nos paralisar. Sobretudo com o fortalecimento de discursos de ódio, da cultura do cancelamento e outras formas opressoras e silenciadoras de relacionamento que regem nossa sociedade – que, apesar das estatísticas, ainda é considerada não racista por muitos. Quebrar com a “ficção segunda a qual partimos todas de uma posição comum de acesso à fala e à escuta” – usando as palavras de Djamila Ribeiro, no seu livro “O que é Lugar de Fala?” – é um desafio gigante em uma sociedade na qual pessoas brancas (quase 43% da população) crescem sem consciência de raça . Afinal, como a autora e ativista finaliza o livro: “Só fala na voz de ninguém quem nunca teve que reivindicar sua humanidade”. Para onde vamos Nossa política de diversidade e inclusão está sendo desenvolvida pensando para dentro e para fora, com estratégias, planos (e metas!) específicas para os pilares de contratação, inclusão, conscientização e fomento: Contratação: garantir diversidade no time (em todos níveis e áreas), começando pela questão racial.  Inclusão: garantir que todos se sintam acolhidos, ouvidos e com espaço de crescimento pessoal e profissional. Conscientização: provocar conversas e sensibilizar olhares, dentro e fora.  Fomento: buscar ativamente parcerias de fomento via Matchfunding ou outros formatos de apoio a projetos de temas relacionados.  Em breve, compartilharemos mais por aqui – tanto do que produzirmos, como (e principalmente) várias das referências que nos inspiraram até agora.  Todo nosso respeito e admiração às pessoas que, como diz Patricia Hill Collins, fazem uso criativo de um doloroso lugar de marginalidade que ocupam na sociedade para desenvolver pensamentos, teorias, conceitos e projetos que, ao refletir seus olhares e perspectivas, desconstroem as nossas — e tornam o mundo estruturalmente melhor.  ***** Se interessa pelo tema e quer colaborar com alguma ideia, crítica ou sugestão? Basta mandar um e-mail para a nossa equipe através do contato@benfeitoria.com, que vamos amar trocar sobre.

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Mudanças em tempos de Covid-19

Tempos difíceis pedem um novo olhar. Diante do contexto do Covid-19, percebemos que teríamos que nos adaptar. Durante a nossa história, vimos o modelo Flexível, também conhecido como Flex , surgir nesse universo do financiamento coletivo, mas sempre fomos entusiastas das campanhas que seguiam a dinâmica do Tudo ou Nada. Se você acompanha o nosso trabalho, já deve ter visto a gente falando do Tudo ou Nada por aí ou pelas nossas redes sociais. Em resumo, nos últimos 9 anos de trabalho e pesquisa, constatamos que o modelo Tudo ou Nada é muito mais eficiente que o modelo Flex. Isso porque a urgência e a necessidade de atingir uma meta transformam apoiadores em mobilizadores. Ao mesmo tempo, no Tudo ou Nada, a meta mínima dá tranquilidade aos realizadores – que só recebem os recursos se forem suficientes para execução do mesmo, e os colaboradores – que sabem que se a arrecadação não for suficiente, o dinheiro será estornado. Agora, com a pandemia, o cenário mudou. Desde o início do isolamento social, temos recebido diversas campanhas de pessoas que estão se mobilizando para tentar reduzir os impactos dessa crise. No nosso canal especial benfeitoria.com/covid, recebemos projetos para suporte aos sistema de saúde, como aumento de leitos e equipamentos para hospitais, suporte a comunidades e pessoas em situação de vulnerabilidade, apoio ao pequeno comércio, entre outros.  Nesse momento, todo centavo importa. Por isso, decidimos abrir o modelo Flex na Benfeitoria para campanhas de causas emergenciais. Ou seja, as campanhas Flex que abraçarem uma causa do tema Covid-19 vão receber o que arrecadar, batendo ou não suas metas financeiras. Além disso, também reduzimos a nossa sugestão de taxa da plataforma para as campanhas Flex sobre a Covid-19. A Benfeitoria sempre trabalhou com comissão livre, ou seja, a pessoa responsável pelo projeto é que decide quanto pagar pelo serviço da plataforma. Para manter o nosso modelo sustentável para todos, a gente sugere que a taxa do serviço seja de 9%. Mas para as campanhas Flex com o tema da Covid-19, nossa recomendação é que a taxa da plataforma seja 3,5%. Quer saber mais sobre nossas taxas? Clique aqui.   Lançar o modelo Flex e reduzir a nossa sugestão de taxa foram duas medidas que encontramos para ajudar as pessoas que já estão se mobilizando para reduzir os impactos do coronavírus.  Se você quer participar da nossa rede de apoio, compartilhando ideias e possíveis ações para contribuir nesse cenário, clique aqui. Cada um conta muito e, juntos, vamos passar por isso. 

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Como o Recorrente impulsiona meu canal no Youtube

“Por que pagar pelo que eu já tenho de graça?” – à primeira vista, pode parecer mesmo difícil de entender. Mas em pouco tempo, percebemos que uma assinatura na modalidade de crowdfunding Recorrente é muito mais do que pagar por um produto ou doar dinheiro; é a oportunidade de fazer parte de um clube, uma rede de pessoas com objetivos em comum. UM CAFÉ LÁ EM CASA, como o próprio nome já sugere, é um programa feito em casa, em família. E assim como em toda família, no “café” cada um faz sua parte para manter a casa em ordem. Acontece que o programa foi crescendo, crescendo e passou a exigir mais atenção e investimento. Com isso, vimos que era hora de expandir a família também. Primeiro, experimentamos uma plataforma de colaboração online que parecia bacana, mas dava muita dor de cabeça… Por sorte, logo encontramos a Benfeitoria e lançamos nossa campanha no Recorrente. Ficamos livres das enxaquecas! Aliás, mais do que isso: a equipe foi muito solícita desde o desenvolvimento inicial da página, até qualquer dúvida que volta e meia ainda possa surgir. Foram eles, inclusive, que nos deram algumas das dicas que usamos até hoje para conseguir novos colaboradores e mantermos fiéis os antigos. Criar um grupo fechado no Facebook que nos aproxime dos assinantes, por exemplo, foi uma delas. Ali formamos uma rede que confiamos para entender melhor quem é o nosso público e o que ele busca, além de ser um espaço para lançar qualquer novidade em primeira mão. É importante entender que quem colabora não o faz apenas pelas recompensas, mas por se identificar com o projeto e entender sua relevância. Fazer parte do nosso clube, como costumamos dizer, significa a responsabilidade concreta de tornar o projeto realidade. Cada uma das colaborações é de fato importante para mantermos nosso programa – que é aperfeiçoado a cada novo benfeitor. Hoje podemos dizer que grande parte da estrutura do UM CAFÉ LÁ EM CASA já é financiada pelos nossos colaboradores. Mas calma, isso não significa que as recompensas não sejam importantes. Elas são sim – e muito! Elas nos aproximam dos assinantes e são aquele “empurrãozinho” final para conquistarmos mais pessoas. Quer um exemplo? Uma de nossas recompensas é transmitir as gravações dos programas ao vivo, sem cortes. Mas nem todo mundo sabe como isso é legal antes de experimentar, certo? Por isso, fazemos algumas lives de menor duração e de forma pública em nossa página, para todo mundo ver! Assim conseguimos “dar um gostinho” do que temos a oferecer. Outra dica é sair um pouco do ambiente online e investir em recompensas “físicas”. No nosso caso, um dos brindes é uma caneca personalizada, igual a que usamos no programa. É uma forma dos nossos assinantes levarem para casa um pedacinho do “nosso café” e se sentirem realmente parte do projeto. E quando digo “parte do projeto”, é pra valer. Não é apenas sobre o valor, é sobre o gesto. É sobre construir algo junto e ficar feliz com isso. É sobre contar com orgulho que é assinante quando te encontra, é sobre mandar fotos quando recebe a caneca em casa, é sobre acreditar no todo sendo apenas um. E aí, vamos fazer isso juntos? [+] Envie o seu projeto em: benfei.to/recorrente [+] Conheça a campanha em: www.benfeitoria.com/umcafelaemcasa Por: Nelson Farias | Realizador do Projeto Um café lá em casa.

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Em busca de sonhos pela metrópole

Este artigo foi escrito por Guilherme Karakida, caçador de impacto da Benfeitoria, a pedido da nossa equipe. Em junho de 2015, entrei para a rede de caçadores de impacto na Benfeitoria. A minha história com a plataforma de financiamento coletivo, porém, começou em novembro de 2014, quando financiei uma casa de emergência no valor de R$5.500 para o TETO. A Benfeitoria se destaca das outras plataformas por não aderir a uma lógica produtivista que se importa mais com quantidade do que com qualidade. Na plataforma, todo projeto precisa ter impacto coletivo e ser de interesse público, independente da área. A lógica é tudo ou nada. Isso significa que as metas devem ser atingidas para o realizador receber o dinheiro. Caso contrário, o dinheiro é estornado para todos os benfeitores – apoiadores do projeto. Outra característica que me atraiu – também quando a escolhi para arrecadar fundos para a casa de emergência – é ser uma plataforma de financiamento que não cobra comissão. Paga quem quiser e se quiser. A única taxa obrigatória é da Moip, integradora financeira responsável por todas as transações financeiras da Benfeitoria. Esse posicionamento da organização revela que o lucro não está acima do interesse de transformar a realidade. No início do ano, a Benfeitoria fez uma chamada para o programa de Caçadores de Impacto: uma rede de pessoas interessadas em todos esses assuntos que teriam a missão de buscar projetos interessantes e formatá-los para o financiamento coletivo. Ser caçador de impacto era uma oportunidade ao meu alcance de tirar projetos incríveis do papel por meio de um crowdfunding. Ao mesmo tempo, teria acesso a uma rede com a mesma motivação de popularizar o financiamento coletivo e com vontade de melhorar o mundo. Entrei com o propósito pessoal de encontrar iniciativas com potencial na metrópole, local que a Benfeitoria apresenta menos entrada e cujos indicadores sociais são mais baixos. Por trabalhar na Casa Fluminense, espaço de diagnóstico e proposta de políticas públicas para a metrópole do Rio, acumulei rede em territórios diversos, o que facilitaria o trabalho de mapeamento e interlocução. Descrever a experiência – curta, aliás – como caçador de impacto sem mencionar o Gomeia Galpão Criativo seria um erro. O primeiro espaço de coworking da Baixada Fluminense reunia pessoas que já faziam a diferença na Baixada Fluminense, região estigmatizada pela violência e pobreza. Esses atores trabalhavam em rede espontaneamente e estabeleciam parcerias no seu cotidiano. A ideia de trazer todo mundo para o mesmo telhado só oficializava uma dinâmica que acontecia naturalmente. Ao optarem por compartilhar o espaço, os custos diminuíam, a potência e as conexões se maximizavam e, por consequência, o impacto coletivo se ampliava. Faltava, no entanto, dinheiro para tornar possível essa vontade coletiva. Assim, no dia 1 de julho de 2015, entrei pela primeira vez no Gomeia e apresentei a Benfeitoria. Eles gostaram da proposta e avaliaram que havia alinhamento entre as duas organizações. Decidiram lançar o crowdfunding na mesma semana no valor de R$29.000,00 para uma pequena reforma no espaço. A meta, diga-se de passagem, era ousada porque a Baixada Fluminense não tem cultura enraizada de colaborações financeiras, o que tornava o desafio ainda maior. A campanha foi um sucesso. Teve feijoada, apoio massivo de organizações da sociedade civil e pessoas reconhecidas dos mais diversos setores que gravavam vídeos reforçando a importância da iniciativa. Para mim, a trajetória produziu aprendizados. O mais importante talvez seja que quando protagonistas do mesmo território se reúnem, com brilho no olho e mesmo objetivo, a probabilidade da mobilização ser bem-sucedida se multiplica. Aos poucos, esses protagonistas locais ressignificam a Baixada Fluminense como polo cultural criativo. A saga como caçador de impacto metropolitano continua. Mais projetos aparecerão ao longo do caminho e, com isso, novos aprendizados. Para a Benfeitoria, assim como para uma parte significativa das organizações, criar uma comunidade ativa e contínua segue como um dos principais desafios. Só sei que me sinto afortunado por estar participando de tudo isso e espero que esteja apenas começando.

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