Registros escritos por Paulo Reis
Tempos Modernos, chegou a vez do Crowdfunding
O ano é 1920. Quando alguém pensa na figura do “empreendedor”, que características lhe vêm a cabeça? Figurino com cartola, bigode, relógio de bolso e monóculo, preocupação excessiva com o funcionamento das linhas de produção, fábricas insalubres, muita fuligem. O mundo mudou e o Crowdfunding chegou. Até a década de 50 do século passado a maioria das empresas eram do setor têxtil, siderúrgico, alimentício, pecuária ou extrativismo, e isso significava investir pesado em bens de capital com o mindset estabelecido à época (máquinas, galpões, indústrias enormes, transporte de carga, etc.), antes mesmo de validar a ideia com o intuito de saber se a marca e seu estoque seriam absorvidos pelo mercado. 100 anos se passaram, e um dos grandes diferenciais da modernidade em relação a criar um negócio, é a possibilidade de experimentação em pequena escala, para ver se faz sentido a nossa ideia ou não. E uma ferramenta poderosa para usarmos nesse processo é o Crowdfunding. Abaixo vão 5 motivos pelos quais você deve considerá-lo: 1) Eliminar a necessidade de empréstimo Se você tem uma ideia genial de negócio, mas não tem a grana para tirá-la do papel não adianta muito! Buscar investidores nesse estágio onde a empresa ainda não existe é uma tarefa quase impossível, uma das poucas saídas acaba sendo tomar empréstimo no banco para ser pago com o tempo e desenvolvimento do empreendimento. Mas isso significa tomar um risco enorme antes mesmo de saber se teremos sucesso com o lançamento do produto, se ele fracassar a nossa dívida bancária terá de ser pega do mesmo jeito. Que pepino, hein? O Crowdfunding reduz esse risco, visto que você o dilui entre os apoiadores do projeto. E como na Benfeitoria a meta é tudo ou nada – ou seja, a arrecadação só é bem sucedida ao atingir a meta, do contrário o dinheiro volta pra quem apoiou e o projeto não acontece, ninguém sai perdendo e o risco de crédito para os apoiadores é zero! Use essa informação a seu favor na hora de captar recursos! 2) Verifica se há demanda Lançar um produto ou um serviço sem ao menos saber se tem gente querendo é um tiro no escuro. Por mais que em nossa cabeça a ideia seja fantástica, se não tivermos clientes o negócio não sobrevive. Nesse sentido, o Crowdfunding também serve como validação de demanda! Uma campanha bem sucedida na captação mostrará que existem pessoas querendo o que vamos oferecer, antes mesmo de investirmos tempo e energia na produção. 3) O Crowdfunding é uma poderosa ferramenta de divulgação O mundo digital é o melhor ambiente para comunicar uma ideia atualmente. E você não precisa ter um orçamento gigante para isso, mas se quiser pode, quanto mais melhor! Que me perdoem os amigos publicitários. Uma campanha de Crowdfunding por si só já é muito poderosa. Se você não sabe por onde começar não se preocupe, temos um excelente toolkit de divulgação, só acessar gratuitamente clicando aqui! 4) Testa o alcance Até onde vai o nosso sonho? Como muita coisa na internet hoje, você não está imune a se tornar viral e atingir patamares exponenciais, coisa inimaginável há 40 anos, isso sem torrar horrores de dinheiro em espaços de mídia como televisão, rádio e jornal. O céu é o limite! 5) Colha feedbacks Ouvindo seus clientes em potencial, você tem a oportunidade de corrigir erros rapidamente, aprimorar a ideia e oferecer uma experiência de mais qualidade, antes mesmo de colocar seu projeto na rua, o que é excelente e poupará muito tempo e dinheiro! Por hoje é só pessoal! Tem uma ideia, mas não sabe como tirá-la do papel? Envia pra gente a sua proposta clicando aqui, você receberá a melhor assessoria em Crowdfunding do país! Até mais!
Consciência Negra, reconhecimento de potência
Antes de se tornar um dia de muita reflexão, o 20 de Novembro sempre foi muito festivo na minha vida. Minha mãe faz aniversário nesse dia, então sempre tem mais água no feijão nessa data, pois receber pessoas é algo que aprendi desde cedo na família. Consciência Negra é ajô, palavra de origem iorubá que significa “juntar”. E é justamente isso que se estabelece em qualquer manifestação de matriz africana e afro-brasileira, unir as pessoas. Ninguém faz uma roda de samba pra sambar sozinho, ninguém faz uma roda de capoeira pra jogar sozinho, ninguém cozinha uma feijoada pra comer sozinho, o Candomblé, o Jongo ou qualquer outra expressão que tenha origem negra se faz sozinho. A união é algo primordial e óbvio para quem é criado em ambientes matrilineares de quintais e terreiros. Comemos juntos, sofremos juntos, vencemos juntos, fracassamos juntos. Conceitos como privacidade e individualidade são menos importantes do que as relações e espaços de convivência. À luz do mundo moderno isso pode parecer muito ultrapassado, mas há muita riqueza na sabedoria que adquirimos com pessoas mais velhas. A Consciência não é coletiva por ser negra, ela é negra por ser coletiva. Os que vieram antes de mim lançaram as bases para evoluirmos ao ponto onde chegamos hoje, as gerações X e Y não inventaram a roda, e é arrogância demais não reconhecermos isso. Na escola quando aprendemos sobre monarquia, a visão que nos é ensinada é a europeia. Luís XIV, Fernando de Aragão, César Bórgia, D. João, uma infinidade de monarcas que significam pouco ou quase nada para o aprendizado em história de matriz africana. Para os povos de matriz africana, as referências são outras: Oxóssi rei de Ketu, Xangô rei de Oyó, Oxaguiã, rei de Ifé, e tantos outros do panteão Iorubá que são desconhecidos pela maioria do povo brasileiro, ainda que mais da metade da população seja negra. Histórias que morrem na educação oficial, mas que estão vivas nas memórias subterrâneas. O que isso tem a ver com financiamento coletivo? Muita coisa. O conceito de financiamento coletivo (muitas pessoas se reunindo para concluírem um determinado fim) é algo não só presente em todas as manifestações de matriz africana, como é o fôlego de vida de todas elas. Cada pessoa que contribui um pouco para que o almoço da família esteja na mesa, que a festa do filho seja um sucesso ou que a formatura da sobrinha traga alegria para a vizinhança é peça fundamental para solidificar os laços sociais, e isso não é criação das empresas de crowdfunding. A solidariedade é anterior a todo o processo de uma campanha de financiamento coletivo. Mesmo com toda desigualdade, falta de oportunidades e perspectiva, estamos florescendo. Não é a ausência que nos define, e sim a potência, o legado de saberes e fazeres que trouxemos para esse país. Há um provérbio iorubá que diz: “ORÍ ENI NÍ UM’NI J’OBA” – A cabeça de uma pessoa faz dela um rei. E é nisso que está nossa esperança, e esperança não no sentido de esperar, mas de esperançar; de continuar a luta por um lugar melhor. Apenas começamos.
Admirável Financiamento Novo
Desbravar mundos desconhecidos é atividade constante entre nós que fazemos da geração Y. A única certeza que temos é a da mudança, o que era hoje pode não ser amanhã; inovar não é mais uma escolha, já se tornou obrigação num ambiente que se desenvolve a uma velocidade mais rápida que o Papa-léguas. Entre as muitas coisas que me assustam, a palavra “financiamento” se encontra no top 5. Tenho pesadelos com financiamento de imóvel, carro e negócios por motivos de juros compostos. Você entra num financiamento de R$ 100 mil com uma taxa de 8% ao ano, em 5 anos esse valor magicamente se transformará em R$ 146 mil, ou seja, quase metade do inicial. Num país com alta inadimplência como o Brasil devido a vários fatores – alto custo de vida para a população, desemprego elevado, baixos salários -, é preciso pensar dez vezes antes de entrar num financiamento, e se assim o fizer, negociar as melhores formas de pagamento e taxas de juros, para não correr o risco de endividamento e atrapalhar o planejamento financeiro. Nesse cenário, eis que surge uma luz no fim do túnel, uma ponta de esperança para tiramos nosso projeto do papel: seja uma publicação de livro, comprar equipamentos para começar um canal no YouTube ou iniciar um pequeno negócio, o crowdfunding está aos poucos se consolidando como uma alternativa segura e eficaz para dar vida aos nossos sonhos. “Crowd-o-quê”? É de comer?” O Crowdfunding, em português financiamento coletivo, e̶m̶ ̶e̶s̶p̶a̶n̶h̶o̶l̶ ̶f̶i̶n̶a̶n̶c̶i̶a̶m̶i̶e̶n̶t̶o̶ ̶c̶o̶l̶e̶c̶t̶i̶v̶o̶,̶ em ̶l̶a̶t̶i̶m̶ ̶f̶i̶n̶a̶n̶c̶i̶a̶m̶e̶n̶t̶u̶m̶ ̶c̶o̶l̶l̶e̶t̶i̶v̶u̶m̶, lançou as bases para mostrar ao mundo que é possível engajar a sociedade para financiar coletivamente causas, produtos, eventos e mais uma série de objetivos. O conceito em si não é novo, pois desde sempre a “vaquinha” é prática comum entre muitas pessoas que desejam apoiar projetos de amigos e familiares, o que as fintechs do setor de financiamento coletivo fizeram foi juntar todos esses ingredientes que estavam dispersos e criaram um bolo maravilhoso. A taxa de sucesso de 75% mostra que entre os 1800 projetos bem sucedidos na Benfeitoria, há quase 250 mil pessoas que acreditaram e contribuíram financeiramente para o nascimento de inúmeros livros, álbuns de música, causas sociais, escolas, hospitais e mais um monte de coisa bacana. Abaixo vão 5 vantagens em ter seu projeto financiado coletivamente na Benfeitoria, em relação a um financiamento tradicional: #1: Divulgação Você amplia a possibilidade de comunicação do seu projeto para além da sua rede, pois a partir do momento que ele está na web pode chegar em redes que normalmente não chegaria; #2 Reduz o risco Financiar coletivamente diminui o risco financeiro do seu projeto, já que há muitas pessoas – e não só você – colaboram para que ele saia do papel; #3 Relação ganha-ganha Aqui na Benfeitoria o financiamento coletivo é tudo ou nada, ou seja, caso seu projeto não alcance a meta, o valor arrecadado é devolvido para quem contribuiu, e isso não gera nenhum custo pra você e nem para quem apoiou: ou todo mundo ganha, ou ninguém perde! #4 Comissão livre Você escolhe com quanto quer colaborar com a gente. Não tem pegadinha nessa frase, foi exatamente isso que você leu, você escolhe (= #5 Consultoria humana e personalizada Um dos pilares da Benfeitoria é o cuidado, aqui seu projeto tem consultoria personalizada de acordo com a natureza dele! Tá com um projeto para tirar do papel? Envie sua proposta pra gente clicando aqui. Será uma honra receber você e apresentar o admirável mundo novo do financiamento coletivo! Escrito por Paulo Henrique Reis, Consultor de Financiamento Coletivo da Benfeitoria
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