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#RadarBenfeitor 6: Oportunidades, Notícias e Editais de Impacto em Outubro
O #RadarBenfeitor 6 está no ar! Esta curadoria mensal da Benfeitoria traz as principais notícias, editais e oportunidades do ecossistema de impacto e inovação social lançados no mês de outubro. Este é o lugar ideal para quem busca se atualizar sobre o setor: selecionamos editais abertos, chamadas relevantes e novidades que podem impulsionar projetos de ONGs, iniciativas sociais e agentes de mudança. Quer saber o que está rolando em termos de impacto social? Acompanhe e fique atento(a) aos prazos e chamadas importantes. Compartilhe com sua rede e, assim, contribua para que mais pessoas possam aproveitar essas oportunidades. Confira o resumo das notícias e chamadas mais importantes de Outubro: CIEE e Google oferecem 70 mil bolsas de estudo em tecnologia Com inscrições gratuitas, programa inclui cursos de “Fundamentos da Inteligência Artificial”, “Cibersegurança”, “Marketing e E-commerce”, “Análise de Dados” e “UX Design”. Podem se inscrever pessoas a partir de 16 anos, mesmo que não tenham conhecimento prévio nas áreas temáticas. Plan International Brasil lança edital “Acelere o Relógio da Igualdade” para promover projetos de igualdade de gênero Fundo vai beneficiar projetos sociais que promovam a igualdade de gênero em todo o país. Nesse sentido, os recursos serão voltado a ações inovadoras e transformadoras, lideradas por meninas, jovens mulheres, coletivos e organizações da sociedade civil. Inscrições vão até 21 de novembro de 2024. Bahia: Edital Ouro Negro 2025 investe R$ 15 milhões na cultura afro-brasileira Recursos serão destinados, sobretudo, à instituições culturais de matrizes africanas. Desta forma, o edital visa financiar a participação de blocos afro, afoxés, sambas, reggaes e outros grupos em festas populares, como o Carnaval e as Lavagens do Bonfim. As inscrições vão até 31 de outubro de 2024. 3° Prêmio MOL de jornalismo para a solidariedade abre inscrições Premiação valoriza o trabalho de jornalistas e comunicadores que promovem a cultura de doação. Serão aceitas reportagens em texto, áudio, vídeo e fotografia. As inscrições vão até 06/01/2025. No entanto, para participar, é necessário concluir o Curso MOL de Jornalismo para a Solidariedade, que é online e gratuito. 4º Encontro de Comunicação e Captação de Recursos está com inscrições abertas(gratuito) Serão mais de 30 palestras oferecidas ao vivo e gratuitamente nos dias 4 e 5 de novembro; além de uma masterclass no dia 6 de novembro. O Encontro é uma parceria da ABCR, Escola Aberta do Terceiro Setor e a Rede Filantropia. São Paulo: Lab of Chance lança edital para ONGs de pequeno e médio porte Iniciativa vai apoiar organizações da sociedade civil (OSCs) de pequeno e médio porte e lideranças de projetos sociais e ambientais da Grande São Paulo que desejam crescer e potencializar suas ações. Posteriormente, as iniciativas selecionadas receberão um investimento mensal de R$ 2.000,00 por dois anos. Mover oferece 18 mil bolsas de estudo para pessoas negras Os cursos livres abordam temas como redação digital, planejamento estratégico, programação, gestão de ESG, vendas e gestão financeira. As capacitações, oferecidas em parceria com as instituições Anhanguera e Estácio, são de curta duração e, assim, focadas em habilidades essenciais para o mercado. Prêmio Melhores ONGs 2024 divulga lista com as 100 vencedoras A lista das organizações do terceiro setor que se destacaram em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento está disponível no site oficial do prêmio. O prêmio, considerado o maior do terceiro setor no Brasil, é organizado pela Certificadora Social, com apoio da Ambev, Mercado Livre e Doare. Por fim, a cerimônia de premiação será realizada no dia 22 de novembro. Phomenta abre inscrições para a Maratona de Aceleração Social para ONGS Maratona quer apoiar ONGs na resolução de desafios de gestão com a ajuda de colaboradores de uma multinacional. Contudo, as ONGs devem estar na Grande São Paulo, ter CNPJ ativo há pelo menos dois anos e oferecer atividades sociais gratuitas ou a baixo custo. Ministério da Justiça lança edital para selecionar OSCs em projetos de inserção social para pessoas em situação de rua Chamamento Público vai selecionar OSCs para implementar os Centros de Acesso a Direitos e Inserção Social (CAIS). Edital faz parte do Plano Nacional “Ruas Visíveis”, e, primordialmente, tem como foco atender pessoas em situação de rua e extrema vulnerabilidade. As inscrições estão abertas até 8 de novembro de 2024. Boticário e Instituto Kondzilla lançam 7º ciclo do programa Empreendedoras da Beleza com capacitação para 100 mil mulheres O 7º ciclo do programa Empreendedoras da Beleza oferece capacitação profissional gratuita para mulheres em situação de vulnerabilidade social, e assim, promover autonomia financeira no mercado da beleza. A principio, serão 100 mil vagas para mulheres de todo o Brasil e as inscrições vão até 30 de novembro. Vera Solutions lança edital para doação de sistema Salesforce a organizações sociais Organizações vão receber um sistema Salesforce voltado para Captação de Recursos ou Gestão de Portfólio de Projetos e Avaliação de Impacto. Além disso, terão suporte gratuito por seis meses e licença gratuita no primeiro ano, por fim, totalizando mais de R$ 100 mil. Inscrições vão até 30 de novembro de 2024.
Vote no 1º Prêmio Benfeitoria de Financiamento Coletivo!
Essa semana, a Benfeitoria completou a sua primeira década de vida! Para celebrar esse marco, tivemos uma live de 10 anos com 10 horas de conteúdo gratuito e convidados mais que especiais. Foi incrível! Para quem nos acompanhou até o fim, soube da novidade em primeira mão, no nosso horário nobre: o Prêmio Benfeitoria de Financiamento Coletivo. Mas calma, se você perdeu, ficou tudo gravado lá no nosso canal do Youtube. Então dá tempo de conferir. Lançamos o 1º Prêmio Benfeitoria de Financiamento Coletivo! A história da Benfeitoria foi construída de forma coletiva junto com os mais de 6 mil projetos que já passaram pela plataforma. O prêmio honra e celebra essa caminhada! Ao todo, são 3 projetos indicados em 10 categorias que irão para votação popular. São elas: Cultura; Ativismo; Tecnologia; Ambiental; Empreendedorismo; Publicações; Combate à Covid; Social; Fomento; Indicação Popular; A décima categoria tem um gostinho especial de Colaboração. Ela é aberta à indicação popular. Ou seja, todas as campanhas que já passaram por aqui podem participar! Conheça os indicados e suas histórias, e participe! A votação está aberta em: premio.benfeitoria.com Um pouco do que rolou na celebração de aniversário… Foram 10 horas de muito conteúdo! Começamos o dia com o momento “Na Cama com Benfeitoria” para tomarmos café da manhã – com bolo, é claro – na cama, de pijama, com a equipe (membros atuais e antigos)! Depois, partimos para o nosso “Milagre da Manhã”, uma pausa para soltar a energia do corpo e fazer rituais matinais para se preparar para o que vinha pela frente. Pausa para o almoço? Que nada! Almoçamos com a câmera ligada! Nosso primeiro papo foi o “Arroz com feijão e privilégio”, que começou às 12h. Indigesto para muitos, o assunto foi devorado por Tati Leite, cofundadora da Benfeitoria e Dorly Neto, 1˚ integrante do time e conselheiro afiado no tema. Após o almoço, começamos os Cafés! Confira abaixo a programação e os convidados que fizeram parte: 13h-14h: Café com Cuidado Hora do café! E como empreendedor adora um, marcamos uma sequência de cafés virtuais com pessoas super inspiradoras. Para inaugurar bem essa etapa, aproveitamos o gancho do almoço para falar de filantropia regenerativa e decolonização de pensamento no setor de investimento social privado com Neca Setubal (Fundação Tide Setubal) e Selma Moreira (Fundo Baobá). 14h-15h: Café com Criatividade Esse café foi mirabolante e aditivado com o incrível repertório de Monique Evelle e Michell Zappa sobre inovação, empreendedorismo, equanimidade digital – e outras manifestações potentes da criatividade a serviço do desenvolvimento tecnológico e humano no país. Imperdível. 15h-16h: Café com ColaborAção Momento em que Edgard Gouveia Jr e Kiko Afonso se juntam a nós para falar sobre a importância da colaboração, em um mundo polarizado. E apresentaram soluções possíveis e potentes para mobilizar empresas, governo e sociedade em causas importantes e urgentes. Inspirador. 16h-17h: Café com Coragem Para fechar essa etapa com chave de ouro, uma conversa sobre coragem (agir com coração). Afinal, é preciso coragem para seguir acreditando – e agindo! – no Brasil de hoje. Para este café, convidamos Dríade Aguiar e Fabio Szwarcwald para falarem sobre como cultura e ativismo são essenciais para nos ajudar (re)existir hoje e cocriar um novo amanhã. Todos os papos que rolaram durante os cafés estão disponíveis no nosso canal do Youtube. Se você perdeu a.live, vem conferir!
Mulheres que botam para fazer: conheça os projetos criados por mulheres.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, listamos projetos idealizados e realizados por mulheres para você se inspirar e #BotarParaFazer. Mas afinal, o que as mulheres estão botando para fazer? Na Benfeitoria elas são a maioria! Hoje na plataforma, elas são as que mais apoiam e realizam. E muitos desses projetos surgiram de uma necessidade de dar voz e obter recursos para causas esquecidas. O exemplo disso, são os projetos selecionados abaixo. Todos eles têm um roteiro em comum, presente em campanhas de sucesso da Benfeitoria: ideias incríveis que precisavam sair do papel, feitas por mulheres incríveis. #ApoieAfrôBOX O primeiro clube de assinaturas dedicado às mulheres negras e mulheres com cabelos afro foi financiado coletivamente. A ideia surgiu da startup fundada e operada por mulheres negras, a Afrô. Elas perceberam como o mercado não atendia a uma necessidade muito básica e importante para as mulheres negras, a falta de produtos voltados para cabelos afro/cacheados nas prateleiras. O projeto #ApoieAfrôBOX fez parte do canal Mulheres de Impacto, com diversos projetos de empoderamento feminino. Com o investimento obtido na campanha, as caixas com os produtos foram enviadas e a marca teve capital inicial para começar a operar. Vamos falar sobre luto Perder uma pessoa amada é provavelmente um dos momentos mais complicados e doloridos na vida de alguém. E para amenizar esse momento tão dolorido, Mariane Maciel criou a campanha Vamos Falar Sobre Luto. Criada em 2015, a campanha tinha como objetivo obter apoio para criar uma plataforma digital para acolher quem está vivendo o luto. A campanha conseguiu arrecadar o dobro do esperado, graças ao apoio de 284 benfeitores. De peito aberto De Peito Aberto é um filme sobre aleitamento materno, momento de grandes transformações na vida das mães e dos bebês. O documentário de Graziela Mantoanelli conta a história de seis mães de diferentes realidades socioculturais durante os primeiros 180 dias de vida dos seus bebês. A campanha teve a participação e engajamento de 700 mulheres. Que além de cobrir os custos da produção do filme, gerou uma demanda coletiva por novas narrativas sobre amamentação, sob a ótica e o protagonismo da mulher. Confira aqui o trailer do documentário. Aliens of Camila: O Ônibus da Madrugada Depois de três anos publicando tirinhas online, Camila Padilha resolveul lançar seu primeiro quadrinho, o Aliens of Camila: O Ônibus da Madrugada. A HQ conta a história de de Mila, uma jovem com poderes sinistros de bruxaria ancestral – que tenta levar uma vida normal, mas, infelizmente, suas habilidades extraterrestres atraem problemas sobrenaturais vindos de outras dimensões – sem deixar de falar dos dilemas atuais dos “Millennials”. A campanha teve o apoio de 596 benfeitores e a ideia é lançar a continuação da saga em breve. Mete a Colher Nunca ouvimos tantos casos de abuso, assédio e feminicídio na mídia. Isso de deve a projetos e ações como a da startup Mete a Colher. O app foi criado para dar voz a mulheres que sofreram ou sofrem em relacionamentos abusivos. O app é todo baseado em conversas, com uma lógica parecida com outros aplicativos de conversa, como Whatsapp e o Facebook Messenger. Para deixar o ambiente mais intuitivo e confortável para as mulheres desabafarem sobre a sua atual situação. Mulheres que já ajudaram amigas e parentes a saírem de relacionamento abusivo informaram que tudo foi na base da conversa e muito conselho. Com o apoio de 498 benfeitoras, o app segue no ar e pode ser usado em ambos sistemas Android e IOs. Agora é a sua vez de #BotarPraFazer. Tem um projeto e quer tirar da gaveta? Clica aqui e comece agora mesmo!
Me respeita que aqui é Não é Não!
Quando eu conheci a Ju Parucker la atrás e ela me falou do Não é Não, esqueceu de dizer que era como entrar num liquidificador ligado no 3. é verdade que alertou ser muito trabalho – e não mentiu. mas, daquele papo informal abençoado pela deusa Silvia Federici, na reta final de um ano ruim, numa cidade difícil, surgiu a ideia de que tinha um jeito sim de tudo ficar bom Eu tinha uma campanha pra tirar do zero, sobre um tema tão espinhoso quanto urgente. numa cidade com pouco ou quase nenhum histórico de financiamento coletivo. com índices de violência que nos lança como um dos piores estados para ser mulher. à distância e sem nenhuma grana, mas com muita, muita vontade de fazer dar certo. Acabou que o Não é Não virou o meu propósito nos últimos quatro meses – não só por mexer com causas que me são tão caras, mas por me ensinar um monte de coisa nova a todo instante. sagitariana que sou, dispenso marasmo e adoro aprender. O jeito foi enfrentar tudo aquilo que eu chamava de difícil mas na real era só novo pra mim: planilha de custos? tabela, orçamento? “mas gente eu só sei escrever”, pensava. tô eu aqui agora contabilizando uma centena de brusinhas, que da ideia até o pacote carimbado, foram feitas por mim – eu, que achava que não sabia criar nem vender. Mas eu não fiz nada disso só… E nem poderia. do meu lado sempre estiveram as mulheres incríveis que compõe esse coletivo pelos quatro cantos do país, e que só cresce. de calls didáticas a grupos de whats pipocando de msg, a palavra-tema sempre foi a troca. a gente se passa, a gente se pega, briga e chora mas também se ama. Quando escrevemos um texto a quatro mãos, quando a Luiza Alana invoca o uso preciso de uma palavra, quando a Luiza Luka me liga no meio de um temporal, é de coletivo que estamos falando “Será se vai flopar?” Eu me perguntava enquanto minha irmã Elmira Sena tirava grana do próprio bolso pra fazer camisas, a outra vinha com o café, emprestando carro, corre de gráfica, ateliê, sol, quintura e gasolina. confesso que ninguém sabia muito onde isso ia dar, era confuso e novo pra geral. apareceu gata com broche, surgiu a mana com banner, a outra veio de projetor e tava armado o nosso bonde – e ainda que não soubéssemos para onde, a gente sabia que era junto que esse bonde tinha que ir. Foram 52 dias de campanha, 52 dias de f5 aflita pra ver aquela porcentagem subir. cada contribuição era uma mini festa no meu coração. financiamento coletivo é um looping de expectativa e frustração. mas é também uma porrada atrás da outra de surpresa e emoção. é comum pensar que é sobre dinheiro e arrecadação – é também. Mas é mais sobre uma rede bonita e poderosa em ação. Encerramos a campanha com 5.246 reais arrecadados. A primeira meta, que lá no início pareceu ser impossível, logo se tornou fichinha e atingimos a segunda numa estreia brilhantíssima do Piauí serão 3.500 tatuagens distribuídas por nós, no corpo a corpo, discutindo e combatendo o assédio, num carnaval divertido e politizado. me respeita que aqui é Não é Não! A Camila tem um jeito carinhoso de chamar a gente de “parcêra” e eu amo essa palavra e a forma como ela a repete, insistente. ela, já macaca de trabalho coletivo, entendeu mais cedo do que eu a importância de fazer junto. sabe que só vai ficar bom pra uma quando for primeiro livre e seguro para todas. E foi assim que a gente uniu mulheres produtoras, benfeitoras e apoiadoras no mood “se tu pular, eu pulo”. com aquele frio na barriga e o medo inevitável de estatelar no chão – mas com a certeza acolhedora de ter alguém, ali do lado, pra não soltar da mão. obrigada, mermãs! bonde das maravilhosas: Fátima, Ana, Márcia, Tatiara, Talita, Luana, Jessica, Verônica, Tássia, Josélia, Lais, Teresa, Renata, Glenda, Luri, Aisha, Nandi, Marcela, Tassia, Camila, Georgia, Carla, Julianna, Amora, Samaria, Dani, Andrea, Ananda, Rosa, Malu, Renata, Idria, Raquel, Karla, Carla, Laís, Mayra, Mayara, Mariana, Lais, Prycilla, Iêda, Maria, Layane, Andrea, Renata, Ceiça
Tempos Modernos, chegou a vez do Crowdfunding
O ano é 1920. Quando alguém pensa na figura do “empreendedor”, que características lhe vêm a cabeça? Figurino com cartola, bigode, relógio de bolso e monóculo, preocupação excessiva com o funcionamento das linhas de produção, fábricas insalubres, muita fuligem. O mundo mudou e o Crowdfunding chegou. Até a década de 50 do século passado a maioria das empresas eram do setor têxtil, siderúrgico, alimentício, pecuária ou extrativismo, e isso significava investir pesado em bens de capital com o mindset estabelecido à época (máquinas, galpões, indústrias enormes, transporte de carga, etc.), antes mesmo de validar a ideia com o intuito de saber se a marca e seu estoque seriam absorvidos pelo mercado. 100 anos se passaram, e um dos grandes diferenciais da modernidade em relação a criar um negócio, é a possibilidade de experimentação em pequena escala, para ver se faz sentido a nossa ideia ou não. E uma ferramenta poderosa para usarmos nesse processo é o Crowdfunding. Abaixo vão 5 motivos pelos quais você deve considerá-lo: 1) Eliminar a necessidade de empréstimo Se você tem uma ideia genial de negócio, mas não tem a grana para tirá-la do papel não adianta muito! Buscar investidores nesse estágio onde a empresa ainda não existe é uma tarefa quase impossível, uma das poucas saídas acaba sendo tomar empréstimo no banco para ser pago com o tempo e desenvolvimento do empreendimento. Mas isso significa tomar um risco enorme antes mesmo de saber se teremos sucesso com o lançamento do produto, se ele fracassar a nossa dívida bancária terá de ser pega do mesmo jeito. Que pepino, hein? O Crowdfunding reduz esse risco, visto que você o dilui entre os apoiadores do projeto. E como na Benfeitoria a meta é tudo ou nada – ou seja, a arrecadação só é bem sucedida ao atingir a meta, do contrário o dinheiro volta pra quem apoiou e o projeto não acontece, ninguém sai perdendo e o risco de crédito para os apoiadores é zero! Use essa informação a seu favor na hora de captar recursos! 2) Verifica se há demanda Lançar um produto ou um serviço sem ao menos saber se tem gente querendo é um tiro no escuro. Por mais que em nossa cabeça a ideia seja fantástica, se não tivermos clientes o negócio não sobrevive. Nesse sentido, o Crowdfunding também serve como validação de demanda! Uma campanha bem sucedida na captação mostrará que existem pessoas querendo o que vamos oferecer, antes mesmo de investirmos tempo e energia na produção. 3) O Crowdfunding é uma poderosa ferramenta de divulgação O mundo digital é o melhor ambiente para comunicar uma ideia atualmente. E você não precisa ter um orçamento gigante para isso, mas se quiser pode, quanto mais melhor! Que me perdoem os amigos publicitários. Uma campanha de Crowdfunding por si só já é muito poderosa. Se você não sabe por onde começar não se preocupe, temos um excelente toolkit de divulgação, só acessar gratuitamente clicando aqui! 4) Testa o alcance Até onde vai o nosso sonho? Como muita coisa na internet hoje, você não está imune a se tornar viral e atingir patamares exponenciais, coisa inimaginável há 40 anos, isso sem torrar horrores de dinheiro em espaços de mídia como televisão, rádio e jornal. O céu é o limite! 5) Colha feedbacks Ouvindo seus clientes em potencial, você tem a oportunidade de corrigir erros rapidamente, aprimorar a ideia e oferecer uma experiência de mais qualidade, antes mesmo de colocar seu projeto na rua, o que é excelente e poupará muito tempo e dinheiro! Por hoje é só pessoal! Tem uma ideia, mas não sabe como tirá-la do papel? Envia pra gente a sua proposta clicando aqui, você receberá a melhor assessoria em Crowdfunding do país! Até mais!
Mulher: Trabalhe com(o) uma
Neste dia da mulher, já somos 54% do time da Benfeitoria e contando… Há poucos meses atrás esse era um pensamento que rondava minha cabeça: “imagina que incrível trabalhar um dia em uma empresa onde a igualdade de gênero é uma realidade! Hmm, quem sabe daqui há uns 10 anos”. Corta a cena para junho de 2019: comecei na Benfeitoria em um momento de crescimento, junto comigo entraram mais 4 mulheres e hoje somos 54% do time. E vai além do equilíbrio no número de funcionários – aqui a palavra cuidado é a base da cultura interna e isso é fundamental para que possamos falar sobre esse tema com a profundidade necessária. Infelizmente, a importância da igualdade de gênero no mercado de trabalho está longe de ser integralmente compreendida, quanto mais colocada em prática. Desde que a nova onda feminista ganhou força nos últimos 5 anos, o assunto foi aos poucos ganhando espaço também dentro das empresas. O aumento da consciência sobre o abismo entre homens e mulheres no mundo corporativo fez com que surgissem diversas iniciativas para correr atrás de um prejuízo de décadas. No entanto, as mudanças são muito lentas e muitas vezes superficiais. Segundo o Fórum Mundial Econômico, vai demorar 100 anos para que a diferença salarial desapareça, por exemplo. 100 ANOS! 1 SÉCULO! Será mesmo que precisamos esperar tanto tempo? Ir na raiz do problema pode agilizar esse processo. Mas, é incômodo porque necessariamente toca em pontos que ultrapassam o dia a dia do trabalho: divisão de tarefas domésticas, responsabilização e cuidado compartilhado de filhos, maternidade real, abandono paterno, relacionamentos abusivos, síndrome da impostora, assédio moral, violência contra mulher, entre muitos outros. Ué, mas precisamos falar de tudo isso para ter igualdade de gênero no trabalho? Não basta contratar mais mulheres, equiparar salários e apoiar as mulheres para que cheguem a cargos de liderança? Sim, isso é fundamental! Entretanto, esse é só um dos passos. É sempre bom relembrar que não somos números, somos humanos. Não existe igualdade de gênero no trabalho isoladamente do que acontece nas outras áreas da nossa vida. Não existe porque sem uma transformação profunda, não há sustentação. Estamos falando de um país onde 5,5 milhões de pessoas não tem nem sequer o registro do pai na certidão de nascimento e existem 11,6 milhões de mães solo, segundo o IBGE. E nesse sentido é ainda mais incrível o que a Benfeitoria construiu e vem construindo. É aqui que entra o cuidado – difundido em tudo que fazemos – mas que nesse caso se faz presente em uma rede de mulheres conscientes e atentas, para o que acontece dentro e fora. Mulheres que constroem um espaço de escuta muito importante que eu nunca tinha visto nos outros lugares que trabalhei. Além disso, existe um afeto real e uma possibilidade de conciliar a vida pessoal, mesmo e principalmente, quando algumas situações te atropelam, viram tudo de cabeça para baixo e você precisa de tempo para se recompor. Há também a valorização da criação compartilhada de soluções que sejam melhores para todos. Tudo isso é fundamental porque mesmo que você não tenha a menor ideia, a mulher que está do seu lado provavelmente já viveu ou vive situações de assédio, violência e abuso psicológico. Ou então, não confia em si mesma porque cresceu escutando que nunca poderia conquistar nada por ser mulher. Ou simplesmente está exausta porque tem que cuidar de uma criança sozinha e trabalhar para sustentar a casa, enquanto lida com as feridas emocionais de ser mãe solo. Por isso, precisamos sim de mais espaço e valorização, mas muito além, é fundamental inundar todas as empresas com cuidado, escuta e afeto, sem nenhum medo de que isso nos torne menos profissionais. Na verdade, isso nos torna mais humanos e empáticos, qualidades hoje super valorizadas pelas empresas que já entenderam uma frase que eu amo de Carl Jung: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”
#DoaRio – Campanhas para apoiar no Dia de Doar
Inspirados pelo Dia de Doar, criamos o Canal #DoaRio, ação que reúne projetos que desejam transformar a cidade do Rio num lugar melhor. Anota na agenda, no planner, serve até colocar o alarme no celular que na próxima terça-feira, 03 de dezembro, é Dia de Doar. Esse é um dia super especial para todos nós da Benfeitoria, dia de propagar a onda da mobilização do coletivo por todos os cantos da cidade. Mas antes da gente explicar como você pode começar fazendo a diferença hoje mesmo, sabe por que essa data foi criada? Onde tudo começou O Dia de Doar começou no Brasil em 2013, um ano depois da primeira edição, nos Estados Unidos. A partir de 2014, o Brasil passou a fazer parte do movimento global, que hoje conta com 55 países participando oficialmente, e ações sendo realizadas em mais de 190. Pelo mundo, o Dia de Doar tem nome de #GivingTuesday, que significa “terça-feira da doação”. A data surgiu como uma resposta ao consumismo promovida no período pela Black Friday. Como participar? O #DoarRio surgiu como junta de esforços para transformar a realidade da cidade, através de um grupo de organizações. Os cariocas são convidados a demonstrar seu apoio e seu amor pelo Rio, fazendo a sua doação para projetos locais. Uma verdadeira “Liga do Bem” no canal com mais de dez projetos com tema social e cultural voltado para crianças. Dentre eles estão: Instituto Phi, Instituto Desiderata, Saúde Criança, Rede Cruzada, Instituto Apontar, Instituto da Criança, Solar Meninos de Luz, Instituto Ekloos, Semeando Amor, Efeito Urbano, Instituto Mundo Novo, Sparta, Agência do Bem, Cia 2 Banquinhos e Educar+. Os recursos serão destinados ao financiamento dos projetos destas instituições, que vêm atuando em várias frentes, como saúde, geração de renda, educação, cidadania, cultura, direitos humanos e no fortalecimento do Terceiro Setor, atuando para a promoção do bem coletivo da população carente do Rio de Janeiro. Mas não perde tempo, viu, pois eles só ficam na plataforma até o dia 3 de dezembro, Dia de Doar. Clica aqui e colabore! (=
Favela Orgânica: cozinha inclusiva e criativa no Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira
Confira a história da Regina Tchelly, criadora do projeto favela orgânica, em entrevista para o Blog da Benfeitoria. Nunca se falou tanto em aproveitamento de alimentos como hoje, mas há oito anos atrás, quando o assunto parecia uma realidade muito distante, Regina Tchelly, paraibana de Serraria, teve uma ideia mirabolante e criou o Favela Orgânica. O projeto, que neste mês faz aniversario, aproveita cascas, talos, sementes; tudo aquilo que normalmente é descartado na culinária tradicional, e transforma em receitas criativas, saborosas e nutritivas. De 2011 pra cá, muita coisa rolou. Ao chegar no Rio, em 2011, Regina começou a trabalhar em uma casa como empregada, e ao ir à feira, se deparou com uma realidade muito preocupante (e infelizmente ainda atual), o desperdício. Não é à toa que ocupamos a décima posição entre os países que mais desperdiçam alimentos no mundo, segundo estimativa do Instituto Akatu realizada em 2016. Através desse cuidado com os alimentos, o projeto Favela Orgânica começou a ganhar forma, e as simples idas à feiras tomaram um rumo muito maior do que ela imaginava. A cozinheira começou a pedir aos feirantes os alimentos descartados, e a partir disso, começou a criar e ressignificar novos sabores, além das diversas formas de manusear os alimentos. Dessa forma, Regina descobriu uma nova relação com o alimento e a como ser uma “cozinheira diferente”. E a sua nova relação com a comida não parou por aí. Regina entendeu que a questão não era apenas alimentar e sustentável, como também social. Na esfera social – o favela orgânica contribui para a diminuição do desperdício – no sustentável, aproxima os pequenos produtores agrícolas da cidade e no cultural, questiona alguns hábitos bem presentes na mesa dos brasileiros. “Se não tem proteína na mesa, seja carne ou frango, não há fartura.” Tudo isso motivou Regina cada dia mais a ingressar de vez na gastronomia alternativa, que a tornou mundialmente conhecida pelas suas mais famosas invenções como o arroz colorido de casca de banana-verde. Para que o projeto Favela Orgânica continue existindo e valorizando uma comida de verdade, (sem rótulos, para todos e para todas as classes sociais), precisamos da sua ajuda. Esse ano o projeto enfrenta mudanças e desafios estruturantes, e por isso foi criada uma campanha de crowdfunding para torna-lo financeiramente sustentável. Clique aqui e mantenha as aulas sobre o ciclo da vida e ciclo do alimento – da origem ao fim – existindo para os moradores da Babilônia e do Chapéu Mangueira, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O favela orgânica é um projeto muito necessário para a sobrevivência do planeta. Regina Tchelly
Gaia Education O curso que, já no primeiro dia, mudou o rumo da minha vida.
Desde que começou no Rio, em 2009 (turma da qual eu e Murilo, por acidente ou generosidade de NSDF, participamos), o Gaia Education tem tocado profundamente todos que por ele passam. Não conheço um Gaiano ou Gaiana que não tenha se transformado depois do curso. E, hoje em dia (10 turmas e “uma Benfeitoria” depois), conheço muitos. Só gente muuuito especial. Nunca diria, no dia em que cheguei para fazer o curso, que seria isso tudo. Achava que era só um curso cool sobre sustentabilidade – palavra da moda, na época. Na véspera, eu e Murilo saímos na hora do almoço para buscar a mãe dele no Solar das Palmeiras, onde ela estava expondo algumas de suas pinturas. (minha sogra é um máximo! 😉 Lá vimos um cartaz: curso de design em sustentabilidade. Na época, trabalhávamos no marketing da Coca-Cola e estávamos querendo algo diferente pra nos atualizar… ligamos. “Oi, estou ligando a respeito do curso Gaia que começa amanhã. Ainda tem vaga? Sim Quanto custa? Depende”. Depende?? Como assim? Era a primeira vez que ouvia falar de valor solidário (e hoje a Benfeitoria trabalha com co-missão livre!). No dia seguinte, estávamos lá, eu e Murilo, 30 min atrasados, como sempre. Quando chegamos, tinha uma sala com 70 pessoas… dançando em roda. Não podia ser ali. Fomos para a outra sala, perguntamos pra o segurança, que confirmou: aquela era a turma do nosso curso de design em sustentabilidade. Na hora, pensamos em ir embora. “Bando de ecochatos”… Mas o pessoal começou a sentar e tinha lugar perto da saída [de emergência]. Então, já que estávamos ali já (e era longe de casa), decidimos ficar mais um pouco — não sem antes combinar de sair de fininho, caso ficasse chato demais. E aí começou. Entra em cena ninguém menos que May East, uma das mulheres mais extraordinárias que já tive a chance de testemunhar em ação, conduzindo uma turma daquele tamanho com absoluta maestria. Ela misturava dados científicos com insights humanos, tocando meu lado emocional e racional de forma tão sutil, ritmada e poderosa, que parecia um balé. Foi uma experiência transformadora e radical (mexeu na raíz) chegar lá com aquela empáfia, julgando a turma de ecochata, e sair tão impactada. Digo, até hoje, que foi o dia que mais mudou o rumo minha vida. Uma amiga querida um dia me chamou atenção perguntando se não foi o dia em que me tornei mãe. Não foi. O dia em que me tornei mãe foi um dos mais emocionantes, lindos e importantes da minha vida. Mas eu sempre soube que queria ser mãe. O Gaia despertou em mim desejos (e críticas) que não existiam até então. Sensibilizou meu olhar para o outro — e para o todo. Passei a ver (e buscar reparar) coisas que não via. Mudou, simplesmente, a minha forma de enxergar e atuar no mundo. Como? Eles tentam explicar mais aqui. Mas há coisas que não se explicam em um texto, metodologias ou certificados. E eles têm muitos: estão presentes em 54 países, são chancelados pela UNESCO, contribuÍram ativamente para a construção dos ODS das Nações Unidas… Algumas coisas, só vivenciando. Pois é na troca e entrega daquelas pessoas — seus sonhos, esperanças, medos e conhecimentos — que se forma algo quase mágico: um campo potente e seguro para a real (des)aprendizagem. A turma de 2019 começa semana que vem, dia 04 de setembro. Se você leu até aqui, talvez também seja um sinal de Nossa Senhora dos Fluxos (NSDF) para que procure saber mais… 😉 Informações e inscrições em terrauna.com.br/gaiario2019 Texto publicado originalmente em https://medium.com/@tatileite
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