O que é Financiamento Coletivo Recorrente?

O financiamento coletivo recorrente funciona como um clube de assinaturas. Ou seja, é mais indicado para projetos, artistas e outras iniciativas que buscam sustentabilidade financeira e engajamento de rede. Aqui, o apoio é contínuo e as colaborações financeiras acontecem todo mês. Quais são as vantagens do Recorrente? Pode virar uma fonte de renda mensal para um projeto; Fortalece a divulgação do projeto; Cria uma rede de apoiadores para o projeto; Promove o engajamento de pessoas com o projeto, já que abre um canal direto com aqueles que dão o suporte necessário participando da campanha; Financiamento Coletivo Pontual vs Recorrente A dinâmica do crowdfunding Pontual ainda é mais conhecida do que o Recorrente. Mas afinal, você sabe quais são as principais diferenças entre os dois? Meta No Recorrente, é possível cadastrar diferentes metas, mas não tem o “Tudo ou Nada”. Ou seja, o projeto leva, todo mês, a quantia que arrecadar. Já no Pontual, o projeto só recebe as colaborações financeiras se bater a primeira meta. Colaboração Ao invés de pontuais, as colaborações financeiras são mensais já que a ideia é potencializar a sustentabilidade financeira do projeto para que ele continue acontecendo. Recompensa No crowdfunding, é comum as pessoas que apoiam campanhas receberem recompensas como contrapartidas, mesmo simbólicas. Já as campanhas recorrentes, geralmente, não oferecem recompensas para os seus apoiadores. Afinal, enviar mimos e contrapartidas todo mês pode acabar atrapalhando o projeto e a ideia não é essa, né? Maaas, para engajar a rede de colaboradores, muitos projetos oferecem comemorações para cada meta batida. Pode ser um brinde para os assinantes, uma festa, um convite para um workshop…  Aí é hora de soltar a criatividade! Cases de sucesso que inspiram: Casa 1 A Casa 1 é, atualmente, a maior campanha de crowdfunding no modelo de assinaturas do Brasil! O projeto é um centro de acolhimento de LGBTs expulsos de casa e um Centro Cultural na região central de São Paulo. Ao todo, são mais de 3 mil pessoas colaborando para que as portas da Casa 1 continuem abertas. Quer saber mais sobre o projeto? Clique aqui. Pré Vest Marielle Franco O Pré-Vestibular Comunitário Marielle Franco também está com uma campanha de financiamento coletivo recorrente no ar! O projeto busca ampliar o acesso ao ensino superior a estudantes de baixa renda, através de aulas gratuitas no Centro do Rio. Com a meta 1 batida, eles conseguem pagar os custos fixos do projeto, como aluguel, IPTU, água e energia. Clique aqui para conferir a campanha. Você tem um projeto na gaveta e acha que ele se encaixa no crowdfunding Recorrente? Manda a sua ideia pra gente! É só clicar aqui =) Dica Bônus! Mais do que arrecadação de dinheiro, um dos principais potenciais do Recorrente é ampliar e fortalecer o engajamento da rede de apoiadores do projeto. É importante manter essas pessoas próximas e engajadas! Afinal, a manutenção dessa rede é o que fará com que as pessoas colaborem no longo prazo! Fazer ações, convidar os assinantes a participarem da construção de um evento colaborativo, oferecer um mimo de tempos em tempos (de 3 em 3 meses por exemplo) são algumas ideias. Os assinantes da campanha precisam saber que eles são importantes para a realização do projeto!

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A experiência do sócio-benfeitor

O que é a Benfeitoria? Uma empresa? Um negócio social? Um coletivo? Um movimento? Uma ideia? Somos sim tudo isso. E muito mais. Eu gosto de pensar na Benfeitoria como um espaço de experimentação, onde estamos sempre buscando novos modelos, novas ferramentas e novos tipos de interação que nos permitam criar em cima daquilo que a gente acredita. Neste sentido, a gente vem experimentando sem parar desde o início. Em 2011, criamos a primeira plataforma gratuita de financiamento coletivo do mundo. Em 2013, colocamos governo, empresas, academia e sociedade civil para trabalhar juntos em um novo modelo de inovação para a cidade. Em 2014, juntamos uma galera para discutir o futuro da nossa economia e das relações humanas e institucionais num modelo totalmente diferente de festival. Também em 2014, nos dedicamos a repensar o financiamento coletivo e imaginar interações mais longas e mais profundas. Afinal, algumas iniciativas não querem financiar um projeto pontual, com início-meio-e-fim, mas precisam de apoio para manter o próprio núcleo do trabalho, pensando, então, em uma sustentabilidade a longo prazo. Para esses casos, nasceu o Recorrente, um novo modelo de financiamento contínuo, onde pessoas comuns apoiam financeiramente as iniciativas que acreditam. Aqui não se trata de uma decolagem rápida, e sim de um looongo vôo. Em 2015, no aniversário de quatro anos da Benfeitoria, nos jogamos de cabeça em um experimento ainda mais ousado, mas igualmente lindo. Começamos a financiar a própria Benfeitoria dentro do Recorrente, em uma campanha que batizamos de Sócio-Benfeitor, onde convidamos as pessoas que acreditam no nosso trabalho a serem parte do que estamos construindo. E quando eu digo “ser parte”, é muito mais do que dar uma grana mensal e receber um e-mail de novidades uma vez por mês. Queremos que essas pessoas sejam parte do nosso núcleo pensante. A gente acredita que um grupo é sempre mais inteligente que o mais inteligente do grupo, então essas pessoas chegam exatamente para criar com a gente o futuro do que vai ser a Benfeitoria! Não foi fácil. Mesmo em uma empresa pequena e que fala de colaboração e inovação, é bem mais fácil concentrar decisões e ter controle sobre os processos. Perder o controle não é uma tarefa trivial, que se faz de um dia para o outro. Mas com certeza vale a pena. O dinheiro está sendo importante, claro. Mas os aprendizados desta experiência fizeram o nosso pequeno grupo virar um vulcão de ideias em plena erupção! Estamos conhecendo melhor sobre o nosso próprio trabalho, sobre a nossa comunicação, sobre as nossas ferramentas… Os sócios-benfeitores são protagonistas da nossa história. E a responsabilidade pelo rumo deste barco está nas mãos de centenas de pessoas agora. Outro dia me perguntaram: “Mas como fazer essas pessoas serem protagonistas? Como fazer elas sentirem que estão sendo ouvidas?” A resposta não poderia ser mais simples: Ouça-as. Ponto final. Se você vai se propor a ouvir, faça isso de verdade. Se dedique a isso, desmanche todas as verdades que você tem na cabeça e esteja disposto a repensar tudo que você sabe sobre o seu próprio negócio. As pessoas não são idiotas. Elas sabem quando você está realmente escutando. E quando você abre a porta e escuta de verdade, elas te ensinam muito, às vezes mesmo sem querer! Com a gente tem sido assim. Um experimento complexo, até meio maluco, mas que nos deu um novo gás e faz a Benfeitoria se transformar todos os dias. E você? Vem mirabolar com a gente? É só clicar aqui.

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