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A verdade é que já passou da hora.
Acabamos de anunciar uma vaga exclusiva para pessoas que se identificam como negras. Não é nossa primeira busca intencional, mas é a primeira de um processo interno estruturado, necessário para atuar em cima de uma questão tão estrutural. Nossos próximos anúncios de vaga – para todas áreas da Benfeitoria – seguirão o mesmo critério, até que pelo menos 50% da equipe seja formada por pessoas negras. Hoje são apenas 30%. Nas busca por diversidade e inclusão, para a questão racial (nosso foco inicial), optamos pela meta de proporcionalidade. Fizemos esse post para compartilhar um pouco do que está por trás – e pela frente – desta decisão. Nosso intuito aqui é incentivar outras organizações a refletirem e agirem sobre a ideia de proporcionalidade. E, principalmente, abrir um canal de escuta para críticas e sugestões sobre como podemos evoluir nessa direção. Não somos referência no assunto. Estamos aprendendo e nos inspirando com várias delas (ainda vamos falar mais sobre isso) e acreditamos que, em um mundo organizado em bolhas, cada um deve fazer sua parte para contagiar positivamente a sua – e, quem sabe, desencadear um movimento que estoure várias outras. De onde falamos: A Benfeitoria foi gestada em 2010 e fundada em 2011 por um casal branco, que largou a carreira de marketing em uma multinacional com o intuito de usar o poder da tecnologia e da comunicação para estimular, no Brasil, uma cultura mais humana, criativa e colaborativa. Desde então, o time cresceu e hoje somos 23 pessoas. Todas cocriadoras deste sonho, que começou a se manifestar com uma plataforma de financiamento coletivo, mas que já foi (e ainda vai!) muito além disso (papo para outro post). A verdade é que sempre nos enxergamos como um laboratório criativo e somos movidos pelo desejo e a crença de que podemos fomentar mudanças significativas no mundo. Essa é a verdade sexy. A nada sexy e muito séria é que sempre fomos também uma família, que chama amigos, que indica conhecidos e, assim, crescemos como time, por muitos anos, majoritariamente composto de gente incrível, mirabolante, apaixonada – e muito privilegiada. A maioria branca, da zona sul do Rio de Janeiro, formada em boas faculdades, fluente em inglês. E isso, além de limitar nosso olhar e atuação como negócio, é absolutamente incoerente com nossa missão e nossos valores. No anseio de mudar o mundo lá fora, falhamos em olhar para dentro – o que impactou e restringiu nossa atuação para fora também. Onde estamos: Demoramos (muuuuito) a nos dar conta disso. Mas a ficha caiu. Ou melhor, está caindo. Um dos nossos principais aprendizados de jornada é que, por se tratar de questões estruturais, reconhecer privilégios e buscar mudar crenças e padrões que os perpetuam é um processo denso, profundo, incômodo – e, sobretudo, contínuo. Não é uma chave que vira e PLIM! Hoje, entendemos que precisamos nos colocar – intencionalmente – em processo constante de (des)aprendizagem (e escuta) para poder, de forma prática, somar às lutas por equidade travadas por tantas outras pessoas e organizações, há séculos. Lutas que vão muito além da questão racial. Mas que, no Brasil, muitas vezes deveriam passar por ela, através de olhares e ações interseccionais, dado que mais da metade da população é negra – e, ainda assim, resiste a graves estatísticas. No final de 2020, provocados e inspirados por várias trocas com os projetos e parceiros, decidimos criar o GT de Diversidade e Inclusão da Benfeitoria para (finalmente) estruturar e formalizar nossos pensamentos e ações intencionais pela busca de um time mais diverso, inclusivo – e, em consequência, também mais potente. O caminho é longo e ainda iremos aprender muuuito no percurso. Mas precisamos começar. O assunto é, muitas vezes também, polêmico. Mas não podemos nos paralisar. Sobretudo com o fortalecimento de discursos de ódio, da cultura do cancelamento e outras formas opressoras e silenciadoras de relacionamento que regem nossa sociedade – que, apesar das estatísticas, ainda é considerada não racista por muitos. Quebrar com a “ficção segunda a qual partimos todas de uma posição comum de acesso à fala e à escuta” – usando as palavras de Djamila Ribeiro, no seu livro “O que é Lugar de Fala?” – é um desafio gigante em uma sociedade na qual pessoas brancas (quase 43% da população) crescem sem consciência de raça . Afinal, como a autora e ativista finaliza o livro: “Só fala na voz de ninguém quem nunca teve que reivindicar sua humanidade”. Para onde vamos Nossa política de diversidade e inclusão está sendo desenvolvida pensando para dentro e para fora, com estratégias, planos (e metas!) específicas para os pilares de contratação, inclusão, conscientização e fomento: Contratação: garantir diversidade no time (em todos níveis e áreas), começando pela questão racial. Inclusão: garantir que todos se sintam acolhidos, ouvidos e com espaço de crescimento pessoal e profissional. Conscientização: provocar conversas e sensibilizar olhares, dentro e fora. Fomento: buscar ativamente parcerias de fomento via Matchfunding ou outros formatos de apoio a projetos de temas relacionados. Em breve, compartilharemos mais por aqui – tanto do que produzirmos, como (e principalmente) várias das referências que nos inspiraram até agora. Todo nosso respeito e admiração às pessoas que, como diz Patricia Hill Collins, fazem uso criativo de um doloroso lugar de marginalidade que ocupam na sociedade para desenvolver pensamentos, teorias, conceitos e projetos que, ao refletir seus olhares e perspectivas, desconstroem as nossas — e tornam o mundo estruturalmente melhor. ***** Se interessa pelo tema e quer colaborar com alguma ideia, crítica ou sugestão? Basta mandar um e-mail para a nossa equipe através do contato@benfeitoria.com, que vamos amar trocar sobre.
Recorde na Benfeitoria: Continua Meu, Estação!
O novo recorde foi fruto da colaboração de mais de 4.500 benfeitores, artistas e amantes da arte. Após 35 anos de existência, trabalhando pelo cinema e pela cultura do Rio, o Cinema Estação precisou fechar as suas portas devido a Pandemia. O posicionamento do cinema foi claro, informando que ficarão fechados enquanto for preciso para a segurança de todos. Por isso, o Cinema Estação precisou lutar para manter os seus funcionários e voltar a funcionar quando a crise passar. Como ferramenta não só de captação de recurso, mas também de resistência, foi através do financiamento coletivo que o Cinema ganhou fôlego para continuar. Mobilização contra a Crise Mesmo em um período de crise, vimos o carioca, mais uma vez, se mobilizar para manter viva a arte e a cultura da cidade do Rio de Janeiro, assim como aconteceu com a exposição Queermuseu, que, em resposta à censura, foi a primeira campanha de financiamento coletivo no Brasil a atingir a marca de mais de um milhão de reais arrecadados; o Festival do Rio, que aconteceu no ano passado devido a mobilização da rede de 1.800 apoiadores, dentre outras diversas iniciativas financiadas aqui na Benfeitoria. Com o Estação, atingimos a marca recorde de mais de 4.500 pessoas apoiando uma campanha de crowdfunding na Benfeitoria. Além dos apoiadores, a campanha contou com a participação de artistas e parceiros do setor do audiovisual, literatura, gastronomia e muito mais! No fim, o Cinema Estação chegou a oferecer mais de cem diferentes recompensas e se tornar um grande case de sucesso em mobilização de rede. Assim como o Cinema Estação, diversas iniciativas do Rio de Janeiro estão apostando em medidas como o financiamento coletivo para diminuir os impactos da crise causada pela pandemia da Covid-19 em seus negócios. Confira aqui as campanhas que estão arrecadando e faça parte desse movimento de resistência.
Com ou sem frete? Você escolhe!
A ferramenta de frete é uma importante aliada quando o assunto é previsibilidade nos gastos com envio de recompensa no pós-campanha. Ou seja, com a ferramenta é possível estimar um custo médio de envio a ser considerado no valor das recompensas. Em contrapartida, caso o valor calculado seja equivocado, isso pode impactar no valor total arrecadado para a realização do projeto, e o realizador ter um custo extra não planejado na hora de criar a campanha. Na Benfeitoria as recompensas são o verdadeiro diferencial das campanhas. Elas podem ser simbólicas, físicas ou até mesmo uma experiência única para o colaborador. As recompensas físicas precisam ser entregues aos apoiadores e isso pode ser feito de 2 maneiras: em mãos em local específico já definido ou no endereço do seu apoiador. E é na última opção que a ferramenta de frete pode te ajudar! Para facilitar esse processo, a ferramenta de frete da Benfeitoria permite que você defina um valor de frete para cada estado. Esse valor é adicionado ao valor da recompensa no pagamento do usuário. Assim, as recompensas que você tiver que enviar, já estão com o custo de entrega pago pelo apoiador. Aqui você confere exemplos de recompensas e como elas podem se tornar um atrativo extra na hora de divulgar a sua campanha. Recompensas escolhidas? Boa! Agora é hora de decidir o valor de cada uma e do frete (se precisar). É obrigatório oferecer frete na campanha? Não! Oferecer o frete é opcional, mas lembre-se que é uma facilidade a mais para quem está colaborando e pode ser um diferencial para colaboração. Além do frete, o realizador tem outras duas possibilidades de oferecer recompensas físicas sem utilizar a ferramenta de frete: entregar em local pré-determinado ou considerar no valor da própria recompensa uma estimativa para o custo médio de frete. Dessa forma o custo da recompensa aumenta, mas sem a necessidade de valores adicionais de envio. Preciso incluir o custo na minha campanha? Se você optar por oferecer frete na sua campanha, deve incluir esse valor (o custo de envio) na sua meta 1 sim. Como acompanho os benfeitores que escolheram o frete? No painel do realizador, você pode acompanhar os benfeitores e suas contribuições. Caso tenha optado por usar a ferramenta, os valores aparecerão nessa lista: Preciso colocar uma estimativa de entrega da recompensa? É importante colocar uma estimativa sim, apenas para alinhar as expectativas quanto ao recebimento. Passou do prazo? Sem problemas, acontece! É só manter os benfeitores informados sobre a nova previsão, ok? Quer começar uma campanha? Clica aqui e vamos nessa!
5 passos essenciais para ter uma campanha de sucesso
Listamos 5 passos de ouro para fazer qualquer campanha ter uma arrecadação de sucesso. Vamos lá? 1) Organize suas ideias O primeiro passo para iniciar qualquer campanha de financiamento coletivo de sucesso é ter organização. Essa é a palavra chave que vai te guiar por todo o processo. Para começar o planejamento, coloque no papel qual é o seu projeto, qual é o seu objetivo com a campanha, quanto você vai precisar arrecadar e quais serão as recompensas que você irá oferecer. 2) Faça o mapeamento de rede Pode parecer complexo, mas fazer um mapeamento de rede é simples. Anote as seguintes perguntas em um papel: Quem poderia financiar minha campanha? Quem poderia colaborar financeiramente com o meu projeto? Os nomes começarão a surgir na sua cabeça e você vai começa-los a dividi-los em REDES DE APOIO. A Rede de Apoio é dividida em três grupos, Rede primária – família e amigos próximos, Rede secundária; amigos dos seus familiares, colegas de trabalho, faculdade e redes sociais – e por último Mídia e polinizadores. É nessa fase de mapeamento que você sai da bolha. Aqui, você vai listar pessoas que você vai oferecer e falar do seu projeto de uma maneira mais “formal”. Nessa terceira etapa você pode indicar a campanha para aquele professor de faculdade que você gosta e que tem tudo haver com o seu projeto, ou até mesmo o núcleo de estudo que você fez parte há algum tempo atrás, perfis de Instagram que você gostaria de criar uma parceria, grupos de Facebook e WhatsApp, empresas, marcas e por aí vai. Note, que nessa etapa do mapeamento de rede, você vai listar aquelas pessoas e empresas que você não vai ter domínio. Ah! E temos uma planilha completa que pode te ajudar nessa etapa, é só pedir para o consultor que estiver te ajudando na construção dos próximos passos da sua campanha. 3) Faça um vídeo Com as informações da campanha já salvas na plataforma e com o mapeamento de rede pronto, agora chegou a hora de fazer um vídeo da sua campanha. No vídeo, fale da sua campanha, seus objetivos, quais as recompensas da campanha e na edição não se esqueça de colocar o link de colaboração. Em seguida basta subir o vídeo no Vimeo ou Youtube, insira o link na nossa plataforma e salvar! Temos um roteiro base que pode te ajudar nesse vídeo, caso queira, é só pedir para o consultor. Além disso, você pode conferir aqui o texto que preparamos sobre a importância dos vídeos em campanhas. 4) Recompensas Uma campanha de sucesso, deve ter recompensas atrativas ou pode até funcionar como pré-venda do seu produto, caso a sua campanha seja da publicação de um livro, por exemplo. O ideal é que tenha de 8 a 10 recompensas com valores progressivos. Indicamos que você escolha algumas recompensas para iniciar e, ao longo da sua campanha, vamos lançando novas opções. Dessa forma, você consegue criar conteúdo e gerar engajamento ao longo de toda a campanha, tornando-a mais atrativa. Dicas de recompensas São itens simbólicos ou físicos são podem ser oferecidos em troca nas colaborações da sua campanha. Pode ser um e-mail de agradecimento, poesias online, vídeos, posts, ou até mesmo camisas, cartão postal, adesivo, experiências (encontros, oficinas, uma apresentação). Vale usar e abusar da imaginação para montar as recompensas, pois elas são essenciais para o sucesso da sua campanha. Outra dica importante é evitar fazer recompensas acumulativas, ou seja, cada faixa de recompensa não precisa incluir as opções anteriores, pois isso só torna o seu custo de produção mais caro e, na maioria das vezes, o colaborador só quer uma das opções oferecidas mesmo, sabe?! Então nossa sugestão é fazer alguns combos específicos, mas não deixar todas as opções acumuladas 🙂 Ah! Vale lembrar que o nosso processo de colaboração funciona como um carrinho de compra, então o próprio colaborador pode montar o seu kit em um único pagamento! 5) Verifique todos os itens cadastrados Reveja todos os itens que você cadastrou, verifique tudo tim-tim-Por-tim-tim para que nenhum detalhe passe desapercebido. Trabalhe com uma margem de tempo e se tiver uma data comemorativa que tem ligação com a sua campanha, lance nessa data. Verifique também se a conta cadastrada está correta e com todos os dígitos. Se está tudo certo, agora é só publicar, e partir pra divulgar bastante a sua campanha com a sua rede que foi mapeada anteriormente. Quer começar uma campanha? Clica aqui!
Flex: campanha vai ao ar automaticamente
Ainda em dúvida se a sua campanha vai ao ar automaticamente? Preparamos uma listinha de itens essenciais para que ela seja publicada com sucesso. Bora conferir? 😉 1 – Campanha emergencial Com a chegada da pandemia, criamos o modalidade Flex – voltada para causas emergenciais como saúde ou catástrofe. Nela, a publicação é automática e não exige alguns itens obrigatórios, como recompensas, imagem de exibição própria ou vídeo de divulgação. Mas atenção: mesmo mais simples, a campanha ainda merece seus cuidados. Por isso dá uma olhada aqui no texto que preparamos sobre recompensas para campanhas Flex. 2 – Sua campanha deve ser cadastrada na modalidade Flex Na Benfeitoria temos três tipos de financiamento coletivo Pontual, Flex e Recorrente. Para cada campanha indicamos um tipo de modalidade. Por isso, o primeiro passo para que a sua campanha seja publicada na hora, é que ela seja emergêncial e devidamente cadastrada na modalidade Flex, ou seja, sem a dinâmica, já bem conhecida no universo do crowdfunding, chamada de “tudo ou nada” (pontual), na qual o total da meta precisa ser batida. Para cadastrar sua campanha Flex basta clicar aqui. Agora que você já sabe os pré-requisitos básicos, temos algumas dicas para que a publicação ocorra sem complicações: Metas e Recompensas Fique atento(a) ao escolher o valor da meta durante a criação da sua campanha, pois após o lançamento a meta só poderá ser alterada com a ajuda de um consultor, ok? Atendimento REc – Relacionamento & Consultoria Nosso atendimento é feito 100% online e por pessoas. O que isso significa? Independente do canal escolhido, do outro lado da tela tem sempre um atendente atento e disponível para te ajudar com o que for preciso. O atendimento funciona de segunda à sexta, das 9h às 18h. Confira os canais disponíveis e o prazo de resposta: Se a sua campanha já está no ar, sugerimos que o contato seja feito via Chat. Ele fica localizado no painel de edição. Para acessar basta clicar em minhas campanhas > “nome da sua campanha” e a janela abre automaticamente no canto esquerdo da tela. Quer saber mais sobre o funcionamento do chat? Confira o texto que preparamos sobre o assunto aqui. Agora que você já sabe como editar a campanha Flex e se ela se encaixa em CAUSAS EMERGÊNCIAS, crie, edite e no final é só clicar em publicar. Curtiu as dicas? Dúvidas e sugestões deixa nos comentários. Vamos adorar te ouvir!
Negócios locais apostam no Crowdfunding durante isolamento social
Devido à pandemia da Covid-19, muitos trabalhadores autônomos e negócios locais, como bares, restaurantes e cafés, foram afetados pelas medidas de isolamento social. Diversos espaços tiveram que fechar suas portas para clientes e amigos. Segundo dados do SEBRAE, os negócios locais declararam queda de faturamento semanal de 69% com relação a uma semana normal, no primeiro mês de quarentena. Diante desse cenário tão difícil, algumas pessoas têm buscado no financiamento coletivo (Crowdfunding) uma forma de respiro, uma maneira de garantir algum fluxo de caixa durante esse momento de pandemia. Na Benfeitoria, temos recebido diversas campanhas tanto de negócios locais quanto de trabalhadores autônomos que estão apostando no financiamento coletivo como alternativa. Até o momento em que escrevo esse texto, já são quase 100 campanhas com esse tema de todas as regiões do Brasil. Campanhas estas abraçadas via apoio de 4849 pessoas, que estão colaborando junto com autônomo, estabelecimentos e suas equipes que existem por trás desses lugares, arrecadando R$ 571.587,00, ou seja, mais R$ 500 mil em dois meses de isolamento social. Mais do que números, negócios locais são criados por pessoas e suas histórias. Para Álvaro Albuquerque, fundador do restaurante Da Casa da Táta, localizado na Gávea (RJ), a ideia de criar uma campanha de financiamento coletivo veio através da conversa com uma amiga, que já estava à frente de um outro projeto de crowdfunding. O restaurante Da Casa da Táta arrecadou quase R$ 30 mil com a iniciativa. “A gente tem 20 anos já, então temos uma rede fiel de clientes que se tornaram amigos. A partir do momento que a gente colocou a campanha no ar, em menos de 12 horas, a gente já tinha batido a primeira meta. Em 48 horas, a gente já tinha ultrapassado a terceira e última meta.” Segundo Álvaro, a sensação de bater todas as metas financeiras da campanha foi maravilhosa! Para conferir a entrevista completa, clique aqui. Já Patrícia Paula, sócia do Salão Pati Paula, contou com a ajuda de uma cliente amiga que já conhecia a dinâmica do financiamento coletivo e a ajudou a montar a campanha para o salão. A ideia era facilitar o contato com clientes e não-clientes para buscar apoio no período de isolamento social. “Sem esse recurso, não tenho como pagar os 31 funcionários, aluguel, impostos, etc. Não tenho caixa para pagar despesas se o salão não funcionar.” Para conferir a entrevista completa com a Patrícia, clique aqui. Diversos negócios locais e trabalhadores autônomos ainda estão sofrendo com os impactos da pandemia do coronavírus. Por isso, criamos o canal Redes de Apoio para reunir projetos que buscam, de alguma forma, reduzir esses impactos. Nos ajude a espalhar essa ideia, visite e compartilhe benfeitoria.com/redesdeapoio.
Crise nos negócios locais: empreendedores apostam no Crowdfunding
Com a crise e suas consequências, Patrícia Paula, sócia de um salão, resolveu criar uma campanha de Crowdfunding como uma ferramenta de ampliação e mobilização de clientes que ainda não conheciam os serviços oferecidos pelo negócio. Diante desse contexto de isolamento social, muitas pessoas têm olhado para o financiamento coletivo como uma possibilidade para superar essa crise com a força do Coletivo. Já falamos aqui sobre as dificuldades que negócios locais estão enfrentando durante a pandemia do coronavírus para manterem suas equipes e negócios para, em breve, voltarem a receber clientes e amigos de portas abertas. Uma delas é a empreendedora Patrícia Paula, sócia do Salão Pati Paula, localizado no Rio de Janeiro. Após anos trabalhando como manicure autônoma e em grandes salões de beleza, Patrícia inaugurou o seu próprio espaço em 2012, no Leblon (RJ). Atualmente, seu salão conta com uma equipe formada por 31 pessoas e teve que fechar as portas temporariamente para seguir as recomendações da OMS. Para garantir recursos durante período da pandemia, Patrícia criou uma campanha de financiamento coletivo Flex aqui na Benfeitoria e conseguiu arrecadar R$ 22.900,00, com o apoio de 95 pessoas. Através da campanha, era possível garantir vouchers com diversos serviços oferecidos pelo salão de beleza, como depilação, cortes de cabelo e serviços de manicure. Hoje, vamos compartilhar o #PapoBenfeitor que tivemos com a Patrícia (virtualmente, é claro) sobre a sua experiência com o financiamento coletivo! Benfeitoria: Você já tinha ouvido falar em financiamento coletivo antes da pandemia da covid-19? Patrícia: Não, foi através de uma cliente amiga que soube. Ela já tinha familiaridade com financiamento coletivo e me apoiou a montar a campanha. Benfeitoria: O que te motivou a fazer uma campanha de Crowdfunding? Patrícia: Facilitar o contato com clientes e não-clientes para buscar doações. Sem esse recurso, não tenho como pagar os 31 funcionários, aluguel, impostos, etc. Não tenho caixa para pagar despesas se o salão não funcionar. A campanha permitiu que minha história de vida fosse contada. Permitiu incluir depoimento de cliente. Nem todos meus clientes conhecem de perto o esforço que tive ao longo da vida para construir os salões. Tudo isso reforça credibilidade e a grande importância da doação. Além disso, a campanha também facilita o recolhimento de recursos com cartão de crédito, parcelamento. Benfeitoria: Quais foram as suas expectativas quando você criou a campanha? Patrícia: Que meus clientes se sensibilizem com a gravidade da situação que passamos. E que possamos receber doações para manter os funcionários assistidos e manter as salas. Benfeitoria: E quais foram os maiores desafios? Patrícia: Conseguir recursos para manter o negócio. No primeiro mês de campanha conseguimos menos de 20% do total que precisávamos. Muitos clientes também estão em situação difícil e não puderam doar. Com a campanha, tentaremos mobilizar também pessoas que ainda não conhecem nossos serviços. Como Patrícia, diversas pessoas que estão à frente de negócios locais estão apostando em medidas como o financiamento coletivo para diminuir os impactos da crise causada pela pandemia da Covid-19 em seus negócios. Confira aqui as campanhas que estão no ar e colabore!
#PapoBenfeitor: proprietário de restaurante no Rio aposta em financiamento coletivo
Para garantir fluxo de caixa durante esse momento de pandemia, algumas pessoas têm apostado no financiamento coletivo (Crowdfunding) Um dos setores mais impactado durante à pandemia da Covid-19, são os negócios locais, como bares, restaurantes e cafés, que foram diretamente afetados pelas medidas de isolamento social. Infelizmente, muitos tiveram que fechar suas portas para clientes e amigos, como já falamos aqui no blog. Em contrapartida, só na Benfeitoria, 3.892 pessoas já abraçaram estabelecimentos e as equipes que existem por trás desses lugares, arrecadando R$ 498.133,00, ou seja quase R$ 500 mil para bares, restaurantes e cafés em um período de 2 meses. São lugares de todas as regiões do Brasil que estão pensando em soluções criativas e coletivas para passar por este momento. Hoje, viemos compartilhar com vocês a história de uma dessas pessoas que está #botandoprafazer para continuar de portas abertas! O restaurante Da Casa da Táta fica na Gávea, no Rio, e é perfeito para quem gosta de uma boa comida caseira e um café da manhã servido a qualquer hora do dia. Quando o isolamento social começou, o Álvaro, fundador do restaurante, viu que precisava fazer algo para manter o local e a equipe. Conversando com uma amiga, a ideia do financiamento coletivo foi fazendo sentido e tomando forma. A primeira meta era arrecadar R$ 12 mil, mas com o apoio de 274 pessoas, eles quase chegaram à R$ 30 mil! E a gente bateu um #papobenfeitor (virtual, é claro) com o Álvaro, que compartilhou um pouco da experiência que ele teve com o crowdfunding! Benfeitoria: Você já tinha ouvido falar em financiamento coletivo antes da crise da Covid-19? Álvaro: Sim, já tinha ouvido falar e também já tinha contribuído com algumas campanhas. Benfeitoria: O que te motivou a fazer a campanha de financiamento coletivo nesse momento? Álvaro: Foi a necessidade de arrecadar fundos para pagar o salário dos funcionários. O nosso fluxo de caixa é apertadinho, então não tinha uma reserva pra isso. Eu comecei a pensar de que forma eu poderia fazer isso… Foi então que eu conversei com uma amiga, que estava fazendo uma campanha na Benfeitoria para catadores de lixo reciclável. Na hora, surgiu essa ideia de fazer para a Da Casa da Táta. Eu já estava pensando em fazer algo, mas ainda não sabia exatamente o quê. E a partir dessa conversa, eu consegui estruturar o que eu tinha na minha cabeça. Benfeitoria: Quais foram seus maiores desafios durante a campanha de crowdfunding? Álvaro: Eu não tive um grande desafio, além de montar a campanha, bolar um texto, etc… A gente tem 20 anos já, então a gente tem uma rede fiel de clientes que se tornaram amigos. Então não posso dizer que tive que suar na rede social e fazer um trabalho muito intenso não. A partir do momento que a gente colocou a campanha no ar, em menos de 12 horas, a gente já tinha batido a primeira meta. Em 48 horas, a gente já tinha ultrapassado a terceira e última meta. Benfeitoria: Qual foi a sensação de bater todas as metas da campanha? Álvaro: A sensação foi maravilhosa! Eu e a Táta, minha esposa, ficamos muito emocionados, a gente foi às lágrimas porque foi uma sensação de carinho muito grande que a gente recebeu. Você vê que as pessoas estavam realmente empenhadas, felizes de estar podendo contribuir e ajudando a gente. E não era nem só uma relação dos clientes comigo e com a Táta, mas uma relação dos clientes diretamente com os funcionários. A nossa equipe é bem longínqua, então quando alguém fica grávida, elas recebem mil presentes, entende? Os funcionários são muito queridos pelos clientes. “E a sensação foi essa daí, foi uma energia muito boa que a gente recebeu, uma onda de carinho e de afeto muito grande.” Como Álvaro, diversas pessoas que estão à frente de negócios locais estão apostando no financiamento coletivo para diminuir os impactos da pandemia da covid-19 em seus negócios, e garantir algum fluxo de caixa. Confira aqui as campanhas que estão no ar e colabore!
Campanha Flex tem recompensa?
Se você chegou até aqui, já deve saber (pelo menos um pouco) sobre o modelo Flex do financiamento coletivo, certo? Nele, as campanhas não precisam bater a meta financeira para receber o valor que for arrecado. Ou seja, não tem a dinâmica, já bem conhecida no universo do crowdfunding, chamada de “tudo ou nada”, na qual a meta precisa ser batida. No “tudo ou nada”, é comum quem apoia receber uma recompensa como uma contrapartida. Mas e no modelo Flex? Elas também devem ser oferecidas? Algumas pessoas irão participar da sua campanha de financiamento coletivo porque te conhecem. Outras, porque acreditam na sua ideia. E tem um terceiro grupo que vai fazer parte para receber as recompensas da campanha. Ou seja, elas são super poderosas para aumentar o engajamento do seu público e a sua arrecadação. Pelo menos é assim que funciona no modelo pontual “tudo ou nada”… Já no Flex, as coisas mudam… Uma das razões para que isso aconteça é que as campanhas Flex que estão na Benfeitoria são apenas de causas emergenciais. Por isso, nesse caso, as recompensas não são obrigatórias. Afinal, geralmente, elas possuem custo de produção e de envio para os apoiadores, o que pode comprometer uma parte da grana da campanha que poderia ser usada diretamente na causa defendida. Os diferentes tipos de recompensas No financiamento coletivo, existem três tipos de recompensas. Elas se dividem em três categorias: simbólicas, físicas e experiências. Se você estiver criando uma campanha Flex e quiser oferecer recompensas, o mais indicado é que escolha contrapartidas simbólicas. Assim, você não compromete o orçamento da sua campanha. Como criar recompensas simbólicas? É possível criar recompensas simbólicas de duas maneiras: oferecendo algo simbólico em troca ou descrevendo para os apoiadores o que aquele valor contribui para o seu projeto. Quer ver? Exemplos que inspiram! A campanha Cesta Básica e Higiene queria arrecadar fundos para oferecer cestas bácias de itens de higiene para famílias em situação de vulnerabilidade durante a pandemia da Covid-19. Como contrapartida, as pessoas que apoiavam o projeto recebiam uma foto da família que contemplada com os itens. Já o Natal Sem Fome divulgou quanto cada valor iria impactar no projeto de distribuição de quentinhas para pessoas que têm fome (e pressa) em nosso país. Existe uma terceira forma de oferecer recompensas em campanhas de financiamento coletivo que está ajudando bares, restaurantes e negócios locais durante a crise provocada pelo coronavírus: vales e vouchers de produtos e serviços. Com elas, além de ajudar os negócios a manterem um fluxo de caixa enquanto suas portas estão fechadas para seus clientes, ainda é uma maneira de garantir que as pessoas irão até os locais quando a circulação de pessoas se normalizar. Um exemplo é a campanha Ao Infinito e Além, de uma cafeteria de São Paulo. O Astronauta Café ofereceu diferentes produtos como recompensas. Ao colaborar com R$ 10, as pessoas recebiam um vale de um pão na chapa com um café expresso. Com R$ 26, o vale garantia uma torrada e um café coado. A meta era arrecadar R$ 2 mil. Nesse momento, eles estão quase chegando à R$ 9 mil, com o apoio de mais de 150 amigos, clientes e apoiadores. Todos os itens poderão ser resgastados até o final do ano de 2020. Agora que você já conferiu nossas dicas, que tal começar a sua campanha com a gente? Clique aqui e envie o seu projeto!
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